Os profissionais de Comunicação que decidirem trabalhar em
organizações não-governamentais (ONGs), ou seja, na área do Terceiro Setor
devem ficar atentos em alguns pontos importantes que muitas vezes podem passar
despercebidos.
Alguns optam por trabalhar nessa área por oferecer uma
liberdade maior de expressão e criatividade, além de ser um meio mais curto de
exercer a prática da profissão quando não se está em alguma empresa de grande
porte. Isto é, quando se trabalha voluntariamente. Também tem aqueles que atuam
por prazer, simplesmente por entender que contribui por um bem social.
É evidente que não se remunera um profissional de
Comunicação em ONGs da mesma forma que em uma empresa. No entanto, eles são
remunerados sim, e são raras aquelas instituições que remuneram razoavelmente. É
lógico que nenhuma ONG pequena irá pagar nem a metade do que se paga em uma
empresa, até porque as necessidades de seus gestores são outras.
Porém, não devemos deixar de exercer nosso papel social e
difundir, também, nosso conhecimento: “jornalismo antes de ser uma profissão
ele é uma missão”.
Então, aquele que opta por esta profissão e, principalmente,
decide se “aventurar” na área do Terceiro Setor deve entender além do
profissionalismo que está exercendo. Ele está em uma missão.
Exercer, propagar e defender sua profissão em prol do bem
social por intermédio das instituições não-governamentais. Aqui também me
refiro aos publicitários relações públicas. Demonstrar a importância dessas
profissões e o papel que pode ser desempenhado é uma missão a ser cumprida de
forma inteligente e ética.
Vejamos. Muitos patrocinadores exigem profissionalismo
dessas instituições. Para tanto, além de um gestor profissional e um projeto
bem estruturado é preciso saber comunicar. Divulgar a imagem, informar o que é
feito, relacionar-se com o público, enfim, orientar a organização como isto
tudo e mais um pouco devem ser realizados é o papel do profissional de
comunicação.
Eu defendo a ideia de uma equipe de comunicação, mas nem
todas as ONGs tem essa possibilidade de terem essa estrutura. Então, pode-se
iniciar com um ou dois profissionais, mas deixando bem claro seus papéis a
serem exercidos.
Devemos ser humildes e éticos no que for proposto e
aconselhar sobre o papel do comunicador. Afinal, sabemos que muitos ainda
confundem o nosso papel.
Enfim, busque uma oportunidade voluntária. Identifique-se
com a causa daquela instituição. Ouça e perceba as necessidades. Demonstre como
você pode colaborar. Descreva sua profissão. Trabalhe em equipe e com prazer.
Os resultados serão satisfatórios. A experiência será única. Mas lembrem-se,
nunca forcem a barra. Se o cliente não quiser, não quer. Não insita. Persista
com a causa, mas não insista. É meio confuso e forçoso, mas é assim mesmo.