O papel da Comunicação em qualquer lugar é sempre ser o
“meio” e não o “fim”. Não se pode deixar confundir. A Comunicação produz o que
o cliente solicita e entrega o produto que possa contribuir para o resultado
final. Por isso, em qualquer empresa, instituição governamental ou não, a
Comunicação é um meio. Ela é um meio para se alcançar resultados com qualidade.
Muito ainda se questiona sobre os resultados produzidos por
ela e se realmente se faz necessário. Em se tratando do Terceiro Setor é imprescindível. Alguns gestores até conhecem a ferramenta,
mas não sabem como usá-la. Eles até se arriscam a realizarem tarefas que
deveriam ser designadas a um profissional da área e o resultado acaba não sendo
o mesmo. Quando esses mesmos gestores se dão conta de que é preciso contratar
alguém que conhece o ramo e que ele deve é fazer gestão sobre o seu projeto,
ele contrata um marketeiro. Tudo bem, não está totalmente errado e nem estou
desmerecendo o trabalho deste profissional. No entanto, sabendo que seu projeto envolvem outras necessidades, não
é bem isso que ele procura.
Para exercer um bom papel dentro de uma organização do
Terceiro Setor, o profissional de Comunicação deve entender os conceitos básicos
dessas duas áreas (Comunicação e Terceiro Setor). Distinguir aquelas que são
assistências e as que são realmente sociais. Eliminar o pré-conceito de que
“ONGs não pagam e quando pagam, pagam mal” e de que “ONG só serve para lavar
dinheiro”. Desfazendo-se dessas frases prontas você abre sua mente para estudar
e compreender uma nova realidade.
O comunicador deve exercer um papel de conselheiro e
educador para o seu gestor, pois muitos deles confundem a proposta que o
governo e os empresários ofertam e acabam cometendo alguns deslizes. Sem
preparo, esses gestores colocam seus planos e um projeto bem intencionado por
água abaixo.
Um profissional de Comunicação nesta área poderá orientá-lo
qual a melhor hora e que meio ele deverá utilizar para difundir seus projetos.
Este mesmo profissional irá elaborar uma estratégia que o faça cumprir com seus
planos. Aí é seguir à risca.
Os patrocinadores (governo, empresas e empresários) querem
profissionalismo, divulgação de suas marcas e saber como os recursos estão
sendo utilizados. Então, um relatório bem estruturado, com a marca da ONG em um
papel timbrado produz essa imagem. A produção de peças publicitárias, a
divulgação das ações dentro do tempo certo e o contato com o público na medida
certa mostram esse cuidado. E tudo isto é questão de trabalho, tempo e
compreensão. Três conceitos que já existem dentro das ONGs, mas que precisam
ser despertados pelos verdadeiros profissionais capacitados para exercerem essa
dinâmica. E este papel cabe aos comunicadores: jornalistas, publicitários e
relações públicas.
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