Trabalhar com Comunicação em projetos sociais é uma tarefa
árdua, porém prazerosa. Requer dedicação, empenho, criatividade e investimento.
O profissional deverá dedicar seu foco em uma área onde paga-se pouco ou nada.
É muito difícil se estabilizar e depender financeiramente deste trabalho.
Compreende-se, portanto, o porquê de poucos se dedicarem a esta área.
No entanto, organizações do Terceiro Setor que possuem altos
investimentos são capazes de segurar o profissional, caso este demonstre a
importância de seu papel e sua função lá dentro.
Em organizações de pequenos investimentos ou nenhum, nada é
seguro.
Na maioria das pequenas organizações do Terceiro Setor não
existe uma estrutura profissional definida na prática. Na teoria pode até
existir, mas na prática são todos (ou quase todos) fazendo tudo (ou um pouco de
cada). Acaba-se trabalhando no improviso, mas no final o resultado é positivo e
o profissional de Comunicação não vai fugir à regra. Seja ele jornalista,
publicitário ou relações-públicas, vai atuar em todas as frentes. Este
profissional deve estar preparado para atuar nas funções básicas da
Comunicação. Isto também não significa que o publicitário vai sair fazendo
entrevistas para criar um jornal e o jornalista irá gerar campanhas
publicitárias.
O que se tem que entender aqui é o básico da Comunicação.
Saber se a mensagem está sendo transmitida corretamente, se os meios utilizados
estão bem empregados, se houve recepção da mensagem e outras coisas mais.
É preciso entender da marca e imagem daquela organização,
traduzir para o gestor dela a interpretação da mídia, aconselhá-lo como lhe dar
com os diversos públicos, etc.
São noções básicas que adquirimos durante a nossa formação
acadêmica e que entendemos melhor quando colocamos em prática.
Pode até ser que exista um jornalista que entenda de campanhas
e um publicitário que saiba fazer um jornal. Todavia, se já é desgastante atuar
em seu próprio campo imagine só atuar em outros sem dominar um conhecimento
preciso (só existe comunicação a partir do que o outro entende).
É aí que surge uma confusão entre o gestor da organização e
o profissional de Comunicação. E, neste caso, serve para as grandes e pequenas
organizações do Terceiro Setor. Muitos contratam esperando que a organização
apareça na mídia, com o nome na boca do povo e que, assim, será mais fácil
captar recursos. Isto é possível por meio da Comunicação, mas não vai depender
somente deste profissional. Estes trabalham em equipe (ou pelo menos deveriam
fazer isso) e dentro de sua habilitação. De acordo com os objetivos da
organização, caberá ao comunicador esclarecer a sua função, definir seu papel,
expor as necessidades para cumprir com o objetivo e estar preparado para os imprevistos.
Ele deve limitar o seu campo e agir em outros, sem erros comprometedores, desde
que possua um mínimo de conhecimento.
O que muitos gestores não entendem é que é preciso ter uma
equipe de Comunicação para que estes resultados “fantásticos” aconteçam.
Nenhum comentário:
Postar um comentário