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A pandemia trouxe muitas mudanças para as organizações do Terceiro Setor, exigindo que elas se adaptassem a um novo cenário mundial. Algumas tiveram que mudar temporariamente seu foco de atendimento para uma assistência emergencial, como distribuição de cestas básicas e kits de higiene. Fecharam, momentaneamente, suas portas para atender de forma online ou parcialmente seu público. Pequenas iniciativas surgiram e "novas" ferramentas de comunicação foram incorporadas em seus processos.
A área de Comunicação ficou mais evidente e aquela organização que esteve bem preparada (com uma equipe ou um profissional neste campo) e que soube fazer bom uso das ferramentas conseguiu sobreviver a essa turbulência, no que se refere quando a pandemia esteve no seu auge.
Em 2019, a ONG Nossa Causa divulgou uma pesquisa sobre o cenário da Comunicação no Terceiro Setor, onde 85% das OSCs afirmaram ter alguém responsável pela comunicação e marketing. Em 50% das OSCs a área de comunicação era composta por somente uma pessoa. 15% não tinham um responsável e outros 15% com uma equipe de voluntários.
Nessa mesma pesquisa, as organizações pretendiam investir em comunicação e marketing para o Terceiro Setor da seguinte forma:
- 14% rede sociais
- 7% foco nas estratégias digitais
- 4,5% produção de conteúdo de qualidade
- 3,9% produção audiovisual
- 3% profissionalização
Com esses dados e o consequente impacto que a pandemia trouxe para essas organizações, é possível reafirmar que uma comunicação estruturada e o investimento que se faz nela são requisitos fundamentais em qualquer ambiente (de crise ou não).
A Comunicação sempre foi educação, interação, participação e diálogo. Trocas de aprendizados e compartilhamentos de saberes. Mas foi neste momento em que se exigiu um exercício maior para que a prática da escuta ativa se tornasse realidade em muitas ONGs.
A busca por soluções comuns e formas de se conectar com seu público exigiram criatividade e resiliência para quem estava à frente da Comunicação, sem deixar se levar pela vaidade, egocentrismo e individualismo.
Com a flexibilização das medidas de prevenção do coronavírus e a realidade das novas tecnologias (em especial as mudanças nas mídias sociais e plataformas de captação de recursos), a Comunicação de hoje se encontra no desafio de promover a sustentabilidade financeira, a valorização dos recursos humanos, o reposicionamento da imagem, a sensibilização da sociedade para a causa defendida e medidas de prevenção de crises emergenciais.
Em janeiro deste ano, o site Porto Social destacou a importância de se manter atualizado por meio de cursos que são oferecidos para o Terceiro Setor.
Fato é que a formação para o mercado de trabalho no terceiro setor é uma tendência cada vez mais forte, afinal a relevância das OSCs e demais iniciativas de impacto são cada vez mais claros, especialmente em cenários como o atual, onde a solidariedade e o engajamento cívico têm cada vez mais valor e grande papel no cuidado com os mais necessitados e na transformação de realidades.
E completa,
Os cursos livres, imersões, seminários e demais iniciativas organizadas pelo próprio setor são tão fundamentais quanto cursos de graduação e pós-graduação, principalmente quando o assunto é a promoção de novas habilidades que contribuirão para o desenvolvimento de um impacto social real, relevante e sustentável.
Mesmo em um momento como esse, o importante é não parar e encontrar formas criativas de se reinventar e se atualizar para compartilhar experiências e ampliar conhecimentos.
Um profissional mais habilidoso, com visão crítica da realidade e que consiga trabalhar como mediador de diversos públicos, exige um esforço educacional que todo responsável pela comunicação deve ter para que ações de mobilização e conscientização se concretizem dentro das organizações do Terceiro Setor.
E se você quiser aprender mais e compartilhar suas experiências, entre em contato conosco pelo e-mail gecomterceirosetor@gmail.com.
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