Adilson Cabral é doutor e mestre em Comunicação Social e idealizador da BemTV Produções Artísticas. / Divulgação |
A faculdade pode oferecer uma excelente oportunidade para criar projetos, tornando-os em produtos concretos fora do ambiente acadêmico.
Em Niterói, temos uma experiência com a BemTV Produções Artísticas, ONG que forma jovens comunicadores na região, criada pelo professor do Curso de Comunicação Social na Universidade Federal Fluminense (UFF) e do Programa de Pós-graduação em Mídia e Cotidiano (PPGMC-UFF), Adilson Cabral.
Autor de livros e artigos em Políticas de Comunicação, com ênfase em Comunicação Comunitária, atuando principalmente nos seguintes temas: políticas de comunicação, democratização da comunicação, apropriação social das TICs, comunicação comunitária e digitalização das comunicações, Adilson Cabral é doutor e mestre em Comunicação Social pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP), com pós-doutorado na Universidade Carlos III de Madrid (UC3M).
A seguir, confira como isso é possível.
Gecom: Qual a importância de estudar temas como política, cultura e comunicação para as mídias comunitárias e mídias independentes?
Adilson Cabral: Compreender melhores capacidades de atuação, em articulação com setores organizados da sociedade potencialmente mobilizadoras de expressões cidadãs. Importante compreender o papel da comunicação em sua expressão articuladora de culturas e mobilizadora por políticas.
Adilson Cabral acredita que a comunicação tem um papel importante na articulação de culturas e mobilização por políticas. / Divulgação
Gecom: Você é o criador da BemTV Produções Artísticas, que teve origem na faculdade e que hoje é uma ONG que forma comunicadores em Niterói. O que você recomenda aos estudantes de Jornalismo quando forem fazer um trabalho de conclusão de curso e desejam torná-lo em um projeto profissional?
Adilson Cabral: A BemTV não foi criada como projeto de TCC, mas de extensão, a partir de nossa mobilização como estudantes de comunicação, vindos de uma experiência de movimento estudantil e de contato com uma experiência de oficina popular de comunicação do Encontro Nacional de Estudantes, em São Luís do Maranhão. As recomendações estão aí: participe do que estiver ao alcance sempre, se inspire pelo que te motivar e procure viabilizar formas de fazer acontecer o que você acredita.
Gecom: Quais são os desafios acadêmicos para lecionar Jornalismo e quais as propostas sugeridas para resolver essas questões?
Adilson Cabral: Eu sou professor no Curso de Comunicação Social que conta atualmente com uma única habilitação, que é a de Publicidade e Propaganda, curso no qual me formei também (isso no século passado). Pela proximidade com colegas e conteúdos relacionados ao Jornalismo, mas também pela minha atuação no campo da Comunicação, compreendo que as dificuldades de se lecionar hoje Jornalismo estão relacionadas à credibilidade pela qual passam tanto o profissional quanto sua atividade, diante tanto do processo crônico de desinformação pelo qual passa a sociedade atualmente, como da própria incapacidade da indústria midiática em passar credibilidade em seus produtos jornalísticos.
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Muito boa a entrevista!
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