Diego Sanches é jornalista formado pela Unigranrio, em Duque de Caxias. / Divulgação
“Jornalismo não é simplesmente uma técnica. Tampouco é mera emissão de opiniões. Trata-se de uma ciência, cujo ensino universitário proporciona a formação de profissionais críticos, conscientes do seu papel social, comprometidos com a ética e com o entendimento acerca do poder da informação.”
A avaliação acima é dos participantes da live “PEC do Diploma: uma necessidade para garantir a excelência na informação”, realizada pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado da Paraíba e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj).
Em 2009, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu pela não obrigatoriedade do diploma de nível superior específico em jornalismo para o exercício da profissão no Brasil. No entanto, empresas de comunicação, estatais, setores privados e o terceiro setor (mesmo que de forma tímida) ainda preferem contratar profissionais formados na área.
Diego Sanches é formado em Jornalismo pela Unigranrio, possui MBA em Marketing de Redes Sociais e, atualmente, é supervisor de Comunicação na Agência do Bem, uma organização da sociedade civil de interesse público (OSCIP).
Durante a formação, teve a oportunidade de trabalhar como freelancer na página de conteúdo geek, Somos Mesclados.com, atuando como redator e repórter em eventos do universo geek. Iniciou a carreira profissional como produtor de TV na rede Globo e na RIT TV, onde aprendeu a lidar com os desafios da produção audiovisual e aprimorar habilidades de coordenação de equipe.
Atuou como produtor de podcast e social media na Lions Seminovos e, posteriormente, como social media na Xtreme Agência. Hoje, na Agência do Bem, colabora com estratégias para promover causas sociais e gerar impacto positivo por meio da comunicação.
Gecom: O que o motivou a se formar em Jornalismo?
Diego Sanches: Desde pequeno, eu sempre fui obcecado em ler e em falar, tanto que uma das melhores memórias da minha infância era eu sendo narrador em peças no colégio. A paixão pelo jornalismo começou quando meu pai começou a trazer para mim os jornais, mostrando-me outro lado da comunicação que eu não conhecia. No ensino fundamental, dois professores me motivaram muito a seguir a área da comunicação, e foi nesse momento que me apaixonei pelo jornalismo.
Gecom: Em sua opinião, como a formação acadêmica na área de jornalismo pode colaborar para o profissionalismo da Comunicação no Terceiro Setor?
Diego Sanches: A comunicação é uma ferramenta essencial para o trabalho no terceiro setor, e a formação em jornalismo proporciona uma visão mais ampliada. Costumo dizer que a função do jornalista é mudar vidas, e o jornalismo do terceiro setor é a personificação dessa mudança.
Em sua trajetória como jornalista, Diego adquiriu experiências na produção audiovisual, mídias socias e coordenação de equipe, contribuindo para o terceiro setor. / Divulgação |
Gecom: Enquanto morador de Duque de Caxias, qual sua análise em relação à oferta e procura de cursos de graduação em Jornalismo na Baixada Fluminense?
Diego Sanches: Infelizmente, hoje em dia, não há mais faculdades presenciais de jornalismo em Duque de Caxias. A última era a Unigranrio, onde me formei, porém a portaria de comunicação foi encerrada. Nascido e sendo morador da Baixada Fluminense, sinto uma tristeza imensa em ver que não há mais cursos de jornalismo em Caxias.
Gecom: Conte um pouco sobre seu trabalho na área de Comunicação na Agência do Bem.
Diego Sanches: Minha relação com projetos sociais vem desde 2015, quando entrei em um grupo chamado Mídia Força Jovem Universal (Mídia FJU). Neste grupo, criei e produzi conteúdos para atender jovens e adultos que lidavam com problemas de depressão, ansiedade e pensamentos lesivos. Até hoje, faço parte deste projeto e me orgulho muito de ser um dos mais antigos. Na Agência do Bem, tenho a oportunidade e o privilégio de trabalhar com a educação musical para crianças e jovens de comunidades carentes do Rio de Janeiro, através das Escolas de Música e Cidadania. Também trabalho na Rede do Bem, projeto que auxilia outros projetos sociais. Sinto muito orgulho, pois desde o início da minha caminhada para ser um jornalista, meu objetivo era mudar vidas através do meu trabalho. Hoje, posso dizer que meu objetivo está se concretizando cada dia mais.
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Na Agência do Bem, Diego tem a oportunidade de mudar vidas por meio do jornalismo, auxiliando outros projetos sociais. / Divulgação |
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