quinta-feira, 30 de maio de 2013

O profissional de Comunicação em ONGs

Os profissionais de Comunicação que decidirem trabalhar em organizações não-governamentais (ONGs), ou seja, na área do Terceiro Setor devem ficar atentos em alguns pontos importantes que muitas vezes podem passar despercebidos.
 
Alguns optam por trabalhar nessa área por oferecer uma liberdade maior de expressão e criatividade, além de ser um meio mais curto de exercer a prática da profissão quando não se está em alguma empresa de grande porte. Isto é, quando se trabalha voluntariamente. Também tem aqueles que atuam por prazer, simplesmente por entender que contribui por um bem social.
É evidente que não se remunera um profissional de Comunicação em ONGs da mesma forma que em uma empresa. No entanto, eles são remunerados sim, e são raras aquelas instituições que remuneram razoavelmente. É lógico que nenhuma ONG pequena irá pagar nem a metade do que se paga em uma empresa, até porque as necessidades de seus gestores são outras.
Porém, não devemos deixar de exercer nosso papel social e difundir, também, nosso conhecimento: “jornalismo antes de ser uma profissão ele é uma missão”.
Então, aquele que opta por esta profissão e, principalmente, decide se “aventurar” na área do Terceiro Setor deve entender além do profissionalismo que está exercendo. Ele está em uma missão.
Exercer, propagar e defender sua profissão em prol do bem social por intermédio das instituições não-governamentais. Aqui também me refiro aos publicitários relações públicas. Demonstrar a importância dessas profissões e o papel que pode ser desempenhado é uma missão a ser cumprida de forma inteligente e ética.
Vejamos. Muitos patrocinadores exigem profissionalismo dessas instituições. Para tanto, além de um gestor profissional e um projeto bem estruturado é preciso saber comunicar. Divulgar a imagem, informar o que é feito, relacionar-se com o público, enfim, orientar a organização como isto tudo e mais um pouco devem ser realizados é o papel do profissional de comunicação.
Eu defendo a ideia de uma equipe de comunicação, mas nem todas as ONGs tem essa possibilidade de terem essa estrutura. Então, pode-se iniciar com um ou dois profissionais, mas deixando bem claro seus papéis a serem exercidos.
Devemos ser humildes e éticos no que for proposto e aconselhar sobre o papel do comunicador. Afinal, sabemos que muitos ainda confundem o nosso papel.
Enfim, busque uma oportunidade voluntária. Identifique-se com a causa daquela instituição. Ouça e perceba as necessidades. Demonstre como você pode colaborar. Descreva sua profissão. Trabalhe em equipe e com prazer. Os resultados serão satisfatórios. A experiência será única. Mas lembrem-se, nunca forcem a barra. Se o cliente não quiser, não quer. Não insita. Persista com a causa, mas não insista. É meio confuso e forçoso, mas é assim mesmo.