sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Expectativas da Comunicação no Terceiro Setor



Não existe um método estabelecido de fazer comunicação no Terceiro Setor. O que existe são tentativas de utilizar novas ferramentas ou ações de comunicação criativas para atender a este seguimento.

Apesar de algumas instituições já terem percebido a necessidade de possuir uma área de comunicação, por ela ser uma ferramenta estratégica, o ambiente ainda não é muito favorável.

Essa desvantagem acontece nos dois lados: a falta de recursos financeiros e infraestrutura, por parte das ONGs, e a falta de formação humanística do profissional de comunicação, por parte do comunicador.

No entanto, o Terceiro Setor tem se desenvolvido cada vez mais, sendo exigida uma estrutura e uma atuação profissional por parte das ONGs.

Assim, uma comunicação eficaz torna-se importante neste cenário, pois ela garante a divulgação da organização e o trabalho realizado por ela, reforça sua imagem junto à comunidade e cria relacionamentos com seus diferentes públicos.

Apesar do que já foi dito anteriormente, que não há um método fixo de fazer comunicação no Terceiro Setor, sugere-se que o profissional siga as seguintes sugestões, nesta ordem:

1° Trabalhar a Comunicação Interna: conscientizar seus integrantes e voluntários. Propagar a missão, visão e valores. Trabalhar o porquê a instituição existe e por que eles estão lá.

2° Trabalhar a Comunicação Externa: criar e manter um canal de comunicação com o público beneficiado, doadores e parceiros da instituição para reforçar o vínculo e proporcionar a continuidade das ações das ONGs.

3° Estabelecer uma relação com a mídia: atender às diferentes mídias de acordo com as características de cada veículo de comunicação. Tornar-se uma fonte de informação de credibilidade. Ser sugestão de pauta de interesse público.

4° Fazer uso correto da Internet e das redes sociais: o site atualizado é como um currículo da instituição. As redes sociais devem funcionar como estreitamento das relações, mobilizando o público e contribuindo para conseguir financiamento para uma causa.

Espera-se que o profissional de comunicação, ao trabalhar no Terceiros Setor, adquira e desenvolva novas habilidades como, capacidade de liderança, flexibilidade, uma comunicação eficaz e uma atitude empática.

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Ação de resistência do Museu da Maré


Moradores da comunidade do Complexo da Maré, universitários, admiradores e outras pessoas amigas do Museu iniciaram um movimento de apoio chamado “Museu da Maré Resiste!”. 

Esse movimento está com duas petições públicas online e organizou atividades culturais marcadas para a Semana da Primavera dos Museus, conforme programação abaixo:




A passeata, noticiada neste blog para o dia 27 de setembro, foi transferida para o dia 18 de outubro.
Acesse os links a seguir e assine as petições:

O Museu da Maré está sob ameaça de despejo do imóvel onde está instalado, que foi cedido por 10 anos em comodato para o Centro de Estudos e Ações Solidárias da Maré (Ceasm), ONG gestora do museu. O período de validade do documento expirou no final do ano passado e, em junho de 2014, um dos diretores do Grupo Libra de Comércio Marítimo – empresa dona do imóvel – entrou em contato para informar que não havia mais interesse por parte de seus acionistas em renovar o comodato. No último dia 10, o Museu recebeu a notificação da empresa dando 90 dias para desocupação o imóvel.

Gestores públicos das três esferas do governo estão prestando solidariedade ao Museu, tendo promovido uma reunião no local com divulgação na imprensa. Estiveram presentes nesta reunião o Sr. Angelo Oswaldo, presidente do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram); a Sra. Vera Mangas, representante do Ibram no estado do Rio de Janeiro; a Sra. Lucienne Figueiredo, coordenadora do Sistema Estadual de Museus, que também representou a Superintendente de Museus, Sra. Mariana Várzea; as Sras. Joana Nunes e Rosana Oliveira, representantes do Instituto Pereira Passos.

O presidente do Instituto Rio Patrimônio da Humanidade, Sr. Washington Fajardo, e toda sua equipe, juntamente com a equipe do Instituto Pereira Passos, se empenharam diretamente no processo de tombamento do acervo do Museu, o que ocorreu no último dia 18. Em reunião, o Conselho Municipal do Patrimônio aprovou o tombamento do acervo e encaminhou a decisão para o prefeito Eduardo Paes, que precisa confirmá-la e encaminhar decreto para publicação no Diário Oficial. A aprovação do tombamento do acervo do Museu pelo Conselho não resolve a situação do comodato do imóvel, mas permite pensar em outras estratégias agora que o valor patrimonial do acervo para a cidade do Rio de Janeiro foi reconhecido.

Visite a página do Museu da Maré no Facebook www.facebook.com/museudamare e acompanhe este movimento em prol da resistência de um símbolo de comunicação e cultura.

Fonte: Museu da Maré

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Pedido de desocupação do Museu da Maré


O Museu da Maré, inaugurado no dia 08 de maio de 2006, está sob ameaça de desocupação do prédio onde está instalado, cedido em comodato pela Companhia Libra de Navegação.

Diante desta situação, foi criada uma petição pública online, para que o Ministério da Cultura, por meio do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), bem como o Estado e o Município do Rio de Janeiro, criem condições efetivas para a manutenção e o fortalecimento do Museu da Maré.

Com o fim do comodato, a Companhia Libra de Navegação, vê-se no direito de readquirir o prédio. De acordo com a coordenadora do Museu da Maré, Cláudia Rose Ribeiro, houve duas tentativas de negociação por parte do Museu, mas nenhuma que atendesse aos interesses da Companhia. “Eles nos deram um prazo de 90 dias, ou seja, até o início de dezembro teremos que deixar o prédio”, informa Cláudia.

O Museu da Maré não possui nenhuma alternativa de ocupação para deslocar seu acervo e suas atividades. Caso essa desocupação realmente ocorra, a comunidade da Maré perderá um dos seus símbolos de comunicação e cultura, que resiste há mais de 10 anos como um legado da memória de seus moradores.

Além da petição pública online, está programada para o dia 27 de setembro, a partir das 9h, uma passeata em defesa da permanência do Museu no prédio da Maré.

Para assinar a petição, acesse o link http://www.peticaopublica.com.br/psign.aspx?pi=BR74313


Um pouco sobre o Museu da Maré

Os museus são meios de comunicação por excelência, pois eles representam a importância na transmissão de ideias, conhecimentos e valores através de exposições e programas educativos. Neles, há um conjunto de trocas e transmissões sequenciais entre o emissor e o receptor e entre o receptor e o emissor. Desta forma, se desenvolve uma troca eficaz de ideias.

Localizado no Complexo da Maré, a iniciativa do Museu da Maré surgiu a partir dos desejos dos moradores de terem o seu lugar de memória preservado e possibilitar momentos de reflexão sobre a comunidade, sua condição social e diversidade cultural e territorial.

O Museu da Maré diferencia-se dos tradicionais museus por reproduzir de forma pioneira o passado e a contemporaneidade através de uma visão popular. Ele rompe com o modelo elitista, que relata fatos limitados, e cria uma representação verdadeira da história e da memória da população.

Entre suas diversas ações estão: oficinas culturais, eventos, exposições permanentes e temporárias, desenvolvimento de atividades lúdicas e educativas, como o grupo de contadores de histórias, além de organização de acervo documental e a realização de pesquisa em história oral. É um verdadeiro espaço de encontro, onde as diferenças tornam-se iguais.

O Museu também abriga o Arquivo D. Orosina Vieira, a biblioteca Elias José e o projeto Marias Maré, que incentiva a produção e a venda de artesanato.

Saiba mais sobre o Museu da Maré em http://museudamare.org.br e na página no facebook https://www.facebook.com/perfilmuseudamare.