quarta-feira, 6 de abril de 2016

A importância humanística da comunicação



O homem enquanto agente principal na construção da sociedade e formação humanística tem haver com um movimento cultural que surgiu na Itália, no século XIV, com a retomada de textos esquecidos ou negligenciados pela tradição medieval por meio de estudiosos movidos por um espírito renovador da época.“Os novos cursos, que compreendiam a leitura de autores antigos e o estudo da gramática, da retórica, da história e da filosofia, eram chamados studia humanitatis ou “humanidades”, e os que os ministravam ficaram conhecidos como humanitas.” (GONTIJO, 2004)

Assim, o homem passou a ser visto como um ser capaz de pensar por si mesmo, ele era o centro de tudo, o elo entre Deus e o mundo sensível por meio do exercício da razão. Este pensamento humanista deu origem ao que muitos estudiosos chamam de Humanismo (século XIV – XVI).

O papel revolucionário do homem neste cenário de mudança da Idade Média pode ser assim resumido, nas palavras de Silvana Gontijo (2004), a seguir

A ruptura com o mito de um livro humano depositário privilegiado da “verdade” deu também lugar ao desenvolvimento das disciplinas que se ocupavam do homo faber, construtor do seu mundo e de sua felicidade, que encarava a ética como norma para construir a si mesmo, a economia como instrumento para administrar seus bens e a política como arte de gerir sua cidade-Estado. Esse novo enfoque reativou a discussão sobre as artes e as técnicas. (GONTIJO, 2004)

Portanto, se considerarmos que a expressão do pensamento humanista se desenvolveu, naquela época, não somente pela pintura, arquitetura ou escultura, mas, também, pelo hábito de ler e contar história, entendemos que o homem exerceu um domínio sobre um mundo cada vez mais explorado. A partir da linguagem o homem passou a explorar cada vez mais o ambiente ao seu redor para se comunicar e ser compreendido no mundo em que atua. O homem, consciente ou não desses meios de comunicação, observou que era capaz de modificar o mundo ao seu redor.

Assim, a comunicação assume o papel fundamental de humanizar as pessoas, conscientizando-as de seus direitos e deveres de indagar o mundo em que elas estão inseridas. 

Fonte: GONTIJO, Silvana. O livro de ouro da comunicação. Rio de Janeiro: Ediouro, 2004. 

O texto acima faz parte do meu trabalho de conclusão de curso, em Comunicação Social, concluído em 2009.