O homem enquanto agente principal na construção da sociedade e formação
humanística tem haver com um movimento cultural que surgiu na Itália, no século
XIV, com a retomada de textos esquecidos ou negligenciados pela tradição
medieval por meio de estudiosos movidos por um espírito renovador da época.“Os novos cursos, que compreendiam a leitura
de autores antigos e o estudo da gramática, da retórica, da história e da
filosofia, eram chamados studia humanitatis ou “humanidades”, e os que os
ministravam ficaram conhecidos como humanitas.” (GONTIJO, 2004)
Assim, o homem passou a ser visto como um ser capaz de pensar por si
mesmo, ele era o centro de tudo, o elo entre Deus e o mundo sensível por meio
do exercício da razão. Este pensamento humanista deu origem ao que muitos
estudiosos chamam de Humanismo (século XIV – XVI).
O papel revolucionário do homem neste cenário de mudança da Idade Média
pode ser assim resumido, nas palavras de Silvana Gontijo (2004), a seguir
A ruptura com o mito de um livro humano
depositário privilegiado da “verdade” deu também lugar ao desenvolvimento das
disciplinas que se ocupavam do homo faber, construtor do seu mundo e de sua
felicidade, que encarava a ética como norma para construir a si mesmo, a
economia como instrumento para administrar seus bens e a política como arte de
gerir sua cidade-Estado. Esse novo enfoque reativou a discussão sobre as artes
e as técnicas. (GONTIJO, 2004)
Portanto, se considerarmos que a expressão do pensamento humanista se
desenvolveu, naquela época, não somente pela pintura, arquitetura ou escultura,
mas, também, pelo hábito de ler e contar história, entendemos que o homem
exerceu um domínio sobre um mundo cada vez mais explorado. A partir da
linguagem o homem passou a explorar cada vez mais o ambiente ao seu redor para
se comunicar e ser compreendido no mundo em que atua. O homem, consciente ou
não desses meios de comunicação, observou que era capaz de modificar o mundo ao
seu redor.
Assim, a comunicação assume o papel fundamental de humanizar as pessoas,
conscientizando-as de seus direitos e deveres de indagar o mundo em que elas
estão inseridas.
Fonte: GONTIJO, Silvana. O livro
de ouro da comunicação. Rio de Janeiro: Ediouro, 2004.
O texto acima
faz parte do meu trabalho de conclusão de curso, em Comunicação Social,
concluído em 2009.
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