domingo, 24 de junho de 2018

Casa Fluminense lança Agenda Rio 2030 e a plataforma Rio por Inteiro durante o 11º Fórum Rio


O 11º Fórum Rio reuniu redes da organização da sociedade civil e pessoas interessadas na construção coletiva de um Rio por Inteiro. Crédito: Casa Fluminense

Construir coletivamente um Rio mais integrado, considerando as diversidades temáticas da Baixada Fluminense e do Leste, reduzindo as desigualdades e expandindo as oportunidades para um desenvolvimento sustentável e uma convivência harmoniosa na Região Metropolitana do Rio. Essa é a proposta da Agenda Rio 2030 e da plataforma Rio Por Inteiro lançadas ontem, durante o 11º Fórum Rio, organizado pela Casa Fluminense, na Faculdade de Formação de Professores da Uerj, em São Gonçalo.

A Agenda Rio 2030 reúne um conjunto de propostas de políticas públicas para a Região Metropolitana do Rio de Janeiro e seus 21 municípios. Ela está alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e às diretrizes da ONU em sua Agenda 2030, traçando metas distribuídas em oito eixos temáticos, fruto de uma intensa construção coletiva em parceria com a rede de organizações da sociedade civil parceiras da Casa Fluminense e de pessoas dispostas a encarar os desafios estruturais da metrópole.

A plataforma #RioPorInteiro se propõe a reunir as principais demandas da população e propostas cidadãs de políticas públicas construídas de modo coletivo para as próximas eleições. O objetivo é ampliar a participação social no processo eleitoral do Rio e, a partir disso, incentivar o monitoramento cidadão e o controle social das políticas públicas.

O coordenador da Casa Fluminense, Henrique Silveira, contou sobre as expectativas em relação ao movimento Rio por Inteiro.

“Esta plataforma é, sobretudo, um espaço de fortalecimento da sociedade civil. Que a gente possa conhecer outras histórias de São Gonçalo, da Baixada Fluminense, da Zona Oeste. A gente espera que ao final desse processo, tenhamos uma visão mais completa do ecossistema da sociedade civil do Rio. O que ela reivindica, o que ela quer e quem assume esse compromisso. E para que duas dezenas de candidaturas assumam esse compromisso, acho que a gente vai ter um caminho em torno de algumas propostas prioritárias, em torno de um campo da sociedade civil fortalecido e de candidaturas já comprometidas com essa interlocução. Essa é a ambição que está colocada aqui e eu estou muito feliz com isso”, explicou.

O coordenador da Casa Fluminense, Henrique Silveira, apresenta a Agenda Rio 2030. Ela será atualizada a cada ano de eleições.

Os oito eixos da Agenda Rio 2030: Política Metropolitana, Emprego e Renda, Mobilidade Urbana, Segurança Pública e Direito à Vida, Saneamento Básico e Baía de Guanabara, Acesso à Educação, Saúde e Cultura, Cidades para Conviver e Gestão Pública, Transparência e Participação, foram temas discutidos em cada mesa de debate durante o Fórum.

Para o coordenador de comunicação do Fórum Grita Baixada, Fábio Leon, que participou da mesa Segurança Pública e Direito à Vida, o debate foi satisfatório.

“Tivemos várias trocas de ideias, vários questionamentos em relação a Baixada Fluminense e como elas são vistas enquanto estratégias de segurança pública. Saímos daqui tendo a conclusão de que é preciso criar mecanismos humanitários em relação a políticas de segurança pública. É preciso acabar com essa lógica de guerra aos pobres, guerra às drogas, guerra à periferia e tentar colocar outros debates em discussão, como a saúde, a educação, o lazer. A mesa foi bastante satisfatória, apesar das limitações que ocorrem em relação a esse tema”, conta.

A idealizadora e coordenadora da ONG Apadrinhe Um Sorriso, Fabiana Silva, saiu do debate com a certeza de “temos que causar um incômodo para que as coisas aconteçam”. De acordo com Fabiana, que foi a mediadora da mesa Cidades para Conviver, “o incômodo gera mudança. A gente necessita cada vez mais gerar incômodo para promovermos mudanças reais e concretas”, completa.

“Participar do Fórum é participar de uma instância, que é o trabalho em rede. O Apadrinhe Um Sorriso chegou até aqui justamente porque acredita e trabalha em rede. Acreditamos no fortalecimento do trabalho em rede para promover a mudança de dentro para fora e trazer as coisas de fora para dentro. Não podemos mais pensar que sozinhos a gente muda um mundo, mas quando a gente forma uma rede que caminha na mesma direção na nossa linha de pensamento, de atuação de trabalho, a gente consegue promover uma real mudança”, conclui Fabiana.

A idealizadora e coordenadora do Apadrinhe Um Sorriso, Fabiana Silva, acredita no trabalho em rede para uma real mudança.


A mesa Gestão Pública, Transparência e Participação expôs alguns obstáculos que a sociedade tem para acompanhar e monitorar a gestão pública, apresentou sugestões para uma transparência nos processos decisórios e meios de participação social nas políticas públicas.

“A transparência passa pela sociedade conhecer como funciona o processo decisório”, diz Gregório Santana, do Fórum de Transparência de Niterói.

O presidente do Observatório Social deNiterói, Guilherme Magalhães, sugeriu “que a Casa Fluminense, através do Ministério Público do Rio, tente fazer com os municípios um termo de ajustes de conduta”, segundo ele, fundamental para a sociedade fazer uma cobrança.

O debate sobre Gestão Pública, Transparência e Participação apresentou algumas propostas de monitoramento sobre o tema.


Durante o evento houve, também, exposições de pôsteres acadêmicos alinhados aos oito eixos da Agenda Rio e encerramento com a intervenção musical Ocupa Sound, de São Gonçalo.

Pôsteres acadêmicos ficaram expostos durante todo o evento, ilustrando o debate sobre cada eixo temático da Agenda Rio 2030.


Fique por dentro da Agenda Rio 2030.

Cadastre sua proposta na plataforma #RioPorInteiro.


Sobre a Casa Fluminense


Estruturada como associação civil sem fins lucrativos, autônoma e apartidária, a Casa Fluminense é um espaço permanente para a construção coletiva de políticas e ações públicas por um Rio mais justo, democrático e sustentável. Formada por ativistas, pesquisadores e cidadãos identificados com a visão de um Rio mais integrado, a Casa acredita que a realização deste horizonte passa pela afirmação de uma agenda pública aberta à participação de todos os fluminenses e destinada universalmente a todo o seu território e população e não apenas - ou prioritariamente - para as áreas centrais da capital. 

Conheça mais em www.casafluminense.org.br.


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quarta-feira, 6 de junho de 2018

Agência do Bem abre inscrições para edital de microprojetos

Presidente da Agência do Bem, Alan Maia, apresenta o 7º Edital para Microprojetos da Rede de Organizações do Bem.

A Agência do Bem disponibiliza hoje o VII Edital para Microprojetos da Rede de Organizações do Bem, que vai selecionar três projetos de organizações da sociedade civil sem fins lucrativos da região metropolitana do Rio para receber o apoio financeiro de R$ 4.000 cada uma delas. As organizações que estiveram presentes no 16º, 17º e no 18º Fórum da Rede do Bem vão receber meio ponto (0,5) por cada presença na avaliação como um ponto extra. As inscrições são gratuitas e cada organização deve apresentar somente uma proposta.


As modalidades para investimento são diversas, como pagamento de pessoal e encargos, aquisição de equipamentos, compra de material de uso corrente, verba para custeio (pagamento de contas, por exemplo), pagamento de dívidas, obras e benfeitorias. Propostas relacionadas à música não serão contempladas, pois a Agência do Bem dispõe de outra iniciativa direcionada especificamente para esse segmento.


“Historicamente, temos entre 60 e 70 inscrições a cada edição. Este ano serão três propostas contempladas, considerando que temos mais de 500 organizações que já participaram de outras iniciativas nossas, como fóruns, reuniões, capacitações, treinamentos voltados para as lideranças de projetos dessas organizações. É um trabalho sólido, que existe desde 2012, com processos anuais. A gente acredita que esta será a edição que terá o maior número de inscritos. Então, a expectativa é a melhor possível”, conta o presidente da Agência do Bem, Alan Maia.


Uma das novidades do edital é a indicação de duas pessoas como “fiadores sociais” com atuação social relevante na comunidade em que a organização atua ou rede de parceiros. O papel do fiador social será atestar a legitimidade da proposta apresentada e a credibilidade da organização que se inscrever no edital, fortalecendo uma relação de confiança com a sociedade.

                                                                                                               



As inscrições terminam dia 6 de julho.


As dúvidas devem ser encaminhadas para o e-mail microprojetos@agenciadobem.org.br.


Sobre a Agência do Bem


A Agência é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), sem fins lucrativos e sem finalidade religiosa ou político-partidária, cuja missão é promover o desenvolvimento humano visando à cidadania plena de populações de baixa renda, por meio da educação, de forma transparente e sustentável. Desde 2005, desenvolve diversos projetos e ações nas áreas de educação, arte, cultura, comunicação e mobilização comunitária, defesa de direitos, entre outras iniciativas. Atualmente, a Agência do Bem conta com dois polos comunitários de atuação: Vargem Grande e Cidade de Deus. Também realiza projetos educativos contínuos, de janeiro a dezembro, em outras oito localidades. Apoia iniciativas de 14 parceiros espalhados pela Região Metropolitana do Rio, e em outros cinco estados do Brasil.

Acesse: www.agenciadobem.org.br


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