domingo, 20 de dezembro de 2020

Impacto da pandemia no trabalho dos Comunicadores em ONGs


Arquivo pessoal
Julia Guarilha, 63 anos, formada em Comunicação Social, na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em Pedagogia, na Universidade Estácio de Sá e Extensão em Mídia-Educação, pela PUC-Rio, atua na ONG Comitê Elos da Cidadania e na comunicação da Rede Nacional de Bibliotecas Comunitárias (RNBC).

Atualmente trabalhando em casa, em Humaitá, no Rio de Janeiro, aceitou o convite para nos conceder essa entrevista para falar sobre o impacto da pandemia no trabalho dos comunicadores em iniciativas sociais, sob o seu ponto de vista.

Gecom: Conte um pouco sobre seus trabalhos de Comunicação nas ONGs e outras iniciativas sociais.

Julia Guarilha: Minha formação é em comunicação social e trabalhei muito tempo na área empresarial, em assessoria de comunicação e atendimento a clientes. Após minha aposentadoria, me atualizei em mídia-educação e fui ser voluntária numa pequena ONG fundada por amigos (Comitê Elos da Cidadania), que atua em projetos de geração de renda, educação e cultura. Através dessa ONG, cheguei ao movimento de bibliotecas comunitárias e passei a colaborar, sempre na área de minha formação profissional. 

Gecom: O que mudou em sua forma de trabalhar com a pandemia?

Julia Guarilha: Particularmente, do ponto de vista das ferramentas de trabalho, mudou pouco, pois já atuava de forma remota. A comunicação da Rede Nacional de Bibliotecas Comunitárias (RNBC) se dá através da internet, onde se "encontra" a equipe formada de pessoas de várias partes do país. O que mudou foi todo o contexto sobre o tema do trabalho, com bibliotecas fechadas e todo o planejamento sem sentido, fora o impacto nas pessoas, no emocional e na disponibilidade para o trabalho.


Arquivo pessoal

Gecom: De uma forma geral, como você avalia o novo momento da Comunicação das ONGs nesse cenário de pandemia?

Julia Guarilha: A transferência de quase todas as atividades para o espaço virtual traz o desafio de conhecer melhor as inúmeras possibilidades da comunicação à distância e do mundo das redes sociais. São muitas novidades e caminhos diferentes para trilhar, permitindo uma comunicação melhor direcionada aos diversos públicos de uma organização social: pessoas atendidas pelos projetos, colaboradores, voluntários, parceiros, pares, comunidade etc. Então, é preciso estudar, conhecer, se informar. As bases da comunicação não mudaram muito, precisa ter foco, saber o que dizer e para quem dizer, mas houve uma revolução na forma de como dizer. 

Gecom: Muito antes da pandemia, a comunicação já vivia uma mudança, assim como os comunicadores, em especial os jornalistas, principalmente no uso das mídias sociais. Em sua opinião, com a pandemia, a mudança permanece a mesma ou tem algo novo que ainda os jornalistas e comunicadores terão que aprender? E o que você aconselha aos mais novos e os tradicionais a fazerem durante e após a pandemia passar? 

Julia Guarilha: Os profissionais de comunicação foram deslocados de sua função inicial com a "concorrência" de tanta gente filmando, fotografando, escrevendo, postando. Isso não é ruim. Precisa descer do pedestal, ampliar a visão, entender melhor o que acontece. A massificação e o ritmo frenético da internet também geram superficialidades. É nessa área que é possível se diferenciar. A simplificação, a falta de pesquisa, a eliminação do contraditório são mortais para um bom profissional de comunicação em qualquer área em que atue. Então, pesquise, informe-se, pergunte, desconfie. 

E tem que estudar, conhecer novas experiências, trocar ideias com quem está mergulhado nesse mundo. Embora seja um campo novo, há pesquisas sobre a dinâmica das novas tecnologias e muita gente pensando e discutindo esse tema. A pandemia ampliou o acesso à informação, tem live para todos os gostos e assuntos. Antes você precisava se inscrever e ficar fisicamente a postos, agora é só se organizar para assistir on-line ou depois. Para não se perder, é bom respirar fundo e se organizar, escolher os temas que mais lhe interessam e fazer uma agenda de aprendizagens. Isso é essencial: estar aberto a aprender e não só do que vem da academia. Há muita gente que nunca pisou numa faculdade de comunicação e tem muito a dizer sobre esse tema. Então, o profissional de comunicação hoje é mais exigido e tem mais responsabilidades. E isso só valoriza a profissão.


Então, gostaram? Compartilhe experiências como a Julia Guarilha fez aqui com a gente, amplie conhecimentos seguindo nossas redes sociais e mensalmente em nosso blog.

 

Siga no Instagram 

Acompanhe mais no Instagram @gecomterceirosetor

sexta-feira, 20 de novembro de 2020

11 dicas de treinamento e motivação de equipe


Reprodução internet

O Grupo de Estudos de Comunicação para o Terceiro Setor (Gecom) tem como premissa compartilhar experiências e ampliar conhecimentos. Sua missão é fortalecer a Comunicação das ONGs e reforçar o papel estratégico do comunicador por meio da construção coletiva de conhecimento.

Entendemos que hoje em dia um bom profissional deve estar pautado na interação humana e trabalho em equipe com todas as pessoas compartilhando pelo menos um objetivo em comum que só pode ser atingido pela dedicação e pelo esforço conjunto de todos.

Uma comunicação eficaz e agradável, oportunidades e ambiente para que as pessoas desenvolvam suas habilidades, compromisso, desenvolvimento e aprendizado contínuo, habilidade para lidar com adversidades são alguns requisitos, entre vários outros, que formam uma equipe de alto desempenho.

Hoje, o Gecom compartilha aqui recomendações de treinamento e motivação em uma equipe da empresa de tecnologia em soluções de comunicação especializada em TVs Corporativa, a Projic.

"Nós usamos tecnologia inovadora para melhorar o ambiente das empresas e deixar pessoas felizes e satisfeitas com a comunicação". Descrição institucional da Projic.

11 destaques de treinamento e motivação de equipe

  • Finalizar tarefas. Todas as tarefas devem ter começo, meio e fim.
  • Mantenha tudo organizado. Sensação de bem-estar é muito maior e isso faz com que as ideias fluam com mais facilidade.
  • Limpe a caixa de e-mail. Organize e-mails em pastas.
  • Deixe o que é ruim no passado. Pessoas desagradáveis ou situações de conflito devem apenas servir de referência para o que não queremos.
  • Leia bons livros. Quantos você leu? Mantenha a meta ou aumente.
  • Recicle seu conhecimento. Qual foi a última vez que você fez um curso de especialização?
  • Defina metas e objetivos.
  • Comemore e agradeça.
  • Relaxe! Respire!
  • Compartilhe para somar.
  • Desenvolva novas habilidades.

Agora, coloque em prática e corra para desbravar o mundo da Comunicação. Viva a experiência de ser feliz com você e sua equipe.

Siga no Instagram 

Acompanhe mais no Instagram @gecomterceirosetor

terça-feira, 20 de outubro de 2020

8 passos para elaborar o Plano de Comunicação da sua ONG


Imagem de mohamed Hassan por Pixabay
 

A ausência de um planejamento dá a sensação de que um trabalho não faz sentido, que não leva a lugar nenhum e nunca acaba. Quando se trabalha com ações de comunicação, sem esse planejamento, o trabalho ganha uma aparência supérflua e irrelevante.

O que falta em muitas ONGs são os planos de ações de comunicação que possam orientar as atividades, ações e campanhas que contribuam para alcançar os objetivos macros que essas organizações almejam.

Hoje, a comunicação adota um status estratégico em qualquer ambiente, seja ele empresarial, em organizações da sociedade civil ou em movimentos comunitários. Ela deve atuar como facilitadora, consultora e educadora, para conduzir um bom diálogo internamente, promovendo uma organização orientada para a estratégia.

Para que a comunicação não caia no descrédito de sua relevância e que demonstre resultados, é preciso que se crie e execute os planos de ação. Trabalhar sem um plano é comparável a um aventureiro que sai pelo mundo guiado pela emoção sem saber o que pretende conseguir.

Então, aqui vão algumas dicas de como construir o seu plano de ação de comunicação de forma simplificada e que vai facilitar todo seu trabalho em uma ONG na hora do planejamento.

Lembre-se que este é um processo de aprendizagem contínua. Um exercício diário devido às particularidades que o universo da comunicação tem por ser dinâmica e em constante mudança.

1- Qual é a mensagem? Informe o que é preciso comunicar.

Exemplo: Informar à comunidade que a ONG vai distribuir kits de higiene e limpeza.

2- Quem é o público? Diga para quem será destinada a mensagem. 

Exemplo: Famílias de extrema necessidade do entorno da ONG.

3- Por que realizar a ação? Justifique a necessidade desse público em receber essa mensagem.

Exemplo: Para conscientizar a comunidade sobre os hábitos de higiene e limpeza como forma de prevenção ao risco de contágio como impacto negativo na região.

4- Qual canal de comunicação será usado? Defina os meios de comunicação que serão usados para o público receber essa mensagem.

Exemplo: Cartazes, site, blog e mídias sociais.

5- Quando será realizada a ação? Estabeleça um prazo, um período, em que a ação será realizada, com data de início e fim.

Exemplo: Será realizada durante três meses, após a aprovação do Plano. (Previsão: 01/04 a 31/07).

6- Como será executada a ação? Descreva como a ação será feita para a transmissão da mensagem, por meio dos canais de comunicação definidos para alcançar o público escolhido.

Exemplo: Afixação de cartazes na ONG, distribuição de panfletos explicativos junto aos kits, entrevistas com especialistas sanitários no site e no blog a cada 15 dias, mensagens em grupos de WhatsApp da ONG e postagens diárias nas mídias sociais da organização.

7- Quanto custa a ação? Calcule o investimento necessário para executar a ação. 

Exemplo: O valor estimado para a ação é de R$ 3.000,00 (este é um valor fictício, somente a título de explicação).

8- Como será feita a avaliação? Diga os meios que serão utilizados para avaliar a ação.

Exemplo: A avaliação será feita por meio de um único relatório final com fotos, depoimentos das famílias (por meio de telefone ou mensagens no WhatsApp)  e comentários nas publicações em site, blog e mídias sociais.

É preciso que haja cultura ou uma mudança de comportamento em algumas ONGs e um ambiente propício para que o trabalho planejado de comunicação realmente tenha resultados. Pois, como dito anteriormente, o profissional de comunicação é estratégico por sua capacidade de construir sinergias, criar e manter relacionamentos com os públicos de interesse, além de fortalecer a imagem e reputação de uma ONG.

Siga no Instagram 
Acompanhe mais no Instagram @gecomterceirosetor

domingo, 20 de setembro de 2020

Jornal virtual da favela completa 6 anos




Banner digital comemorativo pelos 6 anos do PPG Informativo

Um jornal comunitário de prestígio informa, mobiliza e estabelece uma verdadeira conexão entre a comunidade, incentivando debates sobre os problemas sociais para que as pessoas busquem soluções para essas causas. Em seus 6 anos de existência, o PPG Informativo, o jornal virtual dos morros Pavão-Pavãozinho e Cantagalo, vem cumprindo com esse papel ao pé da letra.

“Este ano estamos completando 6 anos de trabalho. A importância deste momento se dá justamente pela conexão entre o jornal e quem faz ele acontecer: os moradores. No último dia 15 de setembro, fizemos uma live, respondendo algumas questões, como quem faz parte da nossa equipe uma mulher preta lésbica, liderando um veículo de comunicação, desafios e conquistas. Foi a forma que a gente teve para comemorar esse aniversário da forma que a gente sempre trabalhou, virtualmente”, conta a idealizadora e fundadora do jornal Ana Muza, que morou no território por 27 anos e atuou como repórter no projeto da TV Globo de jornalismo, Parceiro RJ.

“Ser um jornal on-line desde o seu início trouxe para gente o que muitos estão fazendo ou tentando agora, estabilidade na rede social. Dentro da comunidade, somos referência de jornalismo. E isso é o que torna o jornal forte e sobrevivente”, destaca ao falar sobre a importância deste meio de comunicação comunitário.

Atualmente, Ana Muza, jornalista, social media e empreendedora, conta com a colaboração das voluntárias Larissa Montez (diretora comercial) e Thamila Magno (designer).


Larissa e Ana Muza

De acordo com a jornalista empreendedora, neste período de pandemia o número de seguidores triplicou mais do que em outros momentos. “Creio que a visibilidade da comunicação comunitária dentro do Pavão Pavãozinho e Cantagalo tomou essa proporção devido ao isolamento mesmo, onde moradores, estando em casa, precisavam estar por dentro com uma maior frequência do que estava acontecendo fora de suas casas”, avalia Ana. 

Ela ressalta, ainda, que “nossas notícias também garantiam que esses moradores ficassem por dentro não só dos acontecimentos do morro, mas do cenário atual do mundo”, reforçando o papel social do PPG Informativo.

No entanto, mesmo com esse aumento de seguidores, por ser uma mídia comunitária que sobrevive de publicidade, o histórico de anunciantes diminuiu consideravelmente. “Essa foi a mudança mais drástica que passamos. Somente agora que estão retornando”, conta Ana.


Informativo de credibilidade nos morros Pavão-Pavãozinho e Cantagalo

“Importante dizer, também, que mesmo nosso catálogo de anunciantes terem caído, participamos de frentes de doações de cestas básicas e criamos a nossa própria campanha que é a arrecadação de absorventes para as mulheres chefes de família que perderam seus empregos. Obviamente que no boom da doença (embora tenhamos a certeza que ela não acabou), a gente chegou a ajudar cerca de mil mulheres ou até mais devido em uma casa ter no mínimo duas mulheres na fase adulta. Agora, nossa campanha está literalmente parada e muitas pessoas entram em contato querendo saber sobre cesta básica, cesta de higiene, absorvente e fraldas. Que era tudo que a gente conseguia doar por semana para cem famílias”, descreve Ana, quando perguntada sobre a importância do PPG Informativo no atendimento às comunidades que fossem além da informação.

Como novidade para estes 6 anos, o PPG Informativo trás este ano um filtro no Instagram, onde qualquer pessoa pode salvar em sua câmera o efeito e ajudar na visibilidade da página.

Conheça mais nos links abaixo e apoie esta iniciativa de comunicação empreendedora.

https://www.facebook.com/PPGINFO/

https://www.instagram.com/ppginformativo/?hl=pt

https://twitter.com/informativo_ppg

https://www.youtube.com/channel/UCapQQYzTiH7MU8UlmZfyK4Q

Siga no Instagram 
Acompanhe mais no Instagram @gecomterceirosetor

quinta-feira, 20 de agosto de 2020

Um olhar estratégico para a gestão da Comunicação


Reprodução internet

A análise do ambiente externo e interno, o mapeamento do público, a elaboração de projeto, implementação de ações, a mensuração e a avaliação dos resultados são alguns dos requisitos contidos em uma gestão estratégica.

Um Planejamento Estratégico em Comunicação possibilita que uma ONG desenvolva suas atividades e ações de maneira organizada e focada nos objetivos com a finalidade de alcançar o seu maior propósito.

É importante programar as atividades e avaliar rotineiramente se os objetivos estão sendo alcançados. A avaliação deve ser feita em todas as etapas e não somente ao final, para que haja tempo de consertar os desvios de rota do planejamento.

Erros comuns nas ONGs acontecem quanto às divisões dos prazos no planejamento (curto, médio e longo) e quando acontecem equívocos nas avaliações. Ao invés de avaliar uma ação pontual, muitas organizações atribuem erroneamente o resultado como se fosse o impacto final, seja ele negativo ou positivo.

Portanto, é preciso, no momento em que se elaboram as ações de comunicação, que todo o processo possa convergir para um propósito maior da ONG. Isto possibilita encadear diferentes públicos em diferentes ações de forma sistematizada e com seus devidos monitoramentos. Assim, será possível testar diferentes estratégias e experimentar novos aprendizados dentro de um foco estabelecido, com possibilidades de ajustes enquanto o objetivo final não for alcançado. É importante evitar que as ações de comunicação atuem de forma isolada sem ter conexão com a finalidade do planejamento.

Assim, estabeleça o caminho que se quer seguir, conheça bem a ONG, identificando suas fragilidades e seus pontos fortes, divulgue a razão de ser dela, seus valores, seu propósito e a causa em que atua, analise e defina o público que se quer conversar, traçando os objetivos de cada ação para estabelecer um relacionamento com eles, escolha as ferramentas e defina prazos para cumprir as ações dentro de um plano detalhado, crie um cronograma e avalie os resultados das ações.

Siga no Instagram 
Acompanhe mais no Instagram @gecomterceirosetor

segunda-feira, 20 de julho de 2020

A comunicação da imagem das ONGs em tempos de crise


Reprodução/Internet

Cuidar da imagem de uma ONG é uma tarefa difícil e exige muitos cuidados. Um mau exemplo pode causar resultados indesejáveis em uma organização.

Em um período de crise, então, esse cuidado deve ser redobrado. Como preservar sua imagem e atravessar a crise? Qual seria o papel da comunicação neste momento?

Antes, vamos observar os pontos abaixo que Elisa Miranda Prado, em seu livro “Imagem e reputação na Era da Transparência”, nos traz:

• há pânico, o que leva à tomada de decisões inadequadas;

• há emoção e raiva pela injustiça da crise;

• não se escuta o aconselhamento de consultores internos e externos;

• não se reconhece a seriedade da situação e não se tomam as providências necessárias antes que seja tarde;

• subestima-se a capacidade da mídia de criar versões para os fatos e sua capacidade de convencer a opinião pública;

• não se reconhece a percepção do público-alvo;

• tem-se excessiva preocupação com aspectos legais, que muitas vezes aconselham a omitir-se ou comunicar sem transparência;

• tem-se receio de que a crise revele erros de funcionários e da gestão;

• não se tomam as decisões adequadas nas primeiras horas.

Talvez, nem tudo possa estar acontecendo na ONG em que algum comunicador esteja atuando neste momento. Mesmo assim, é preciso identificar e reconhecer as dores de sua organização e buscar soluções criativas para resolver essas necessidades. Conheça o cenário, reconheça os fatos e depois defina os objetivos de seu plano sempre em grupo.

Atualize seu plano de comunicação: ações, cronograma, orçamento e monitoramento. Não tem? Faça um agora. Aproveite o momento para criar um, sem pânico.

Tenha tranquilidade e equilíbrio e ouça sua equipe e especialistas. Não se deixe levar pelas pressões da situação. Estabeleça comunicados claros, imediatos e atue com transparência.

Credibilidade, reputação e bons antecedentes se constroem ao longo do tempo por meio de um árduo trabalho. Em uma crise, perde-se dinheiro, mas não pode perder a reputação de uma ONG.

Aprenda com erros e acertos de outras organizações, estude casos de imagem e reputação e compreenda os riscos que a ONG possui ou que esteja enfrentando.

A mensagem da sua ONG precisa estar alinhada com o que ela faz e o que está fazendo dentro do atual contexto (discurso e prática devem caminhar de mãos dadas).

A equipe que confia na estratégia, ainda mais em tempos de crise, demonstra uma dedicação e resultados incríveis perante o seu público.

Tenha perseverança e confie!

Siga no Instagram 
Acompanhe mais no Instagram @gecomterceirosetor

sábado, 20 de junho de 2020

A comunicação estratégica das ONGs no cenário atual


Há pouco mais de três meses, ONGs e movimentos sociais de base comunitária tiveram que reinventar sua forma de comunicar. Alguns faziam suas ações presencialmente com seu público e uso recorrente de materiais impressos como os melhores meios de comunicação e, em alguns casos, os únicos.

Atualmente, muitas já conseguiram ir além não se limitando com um perfil no Facebook ou Instagram e criaram blogs e sites (gratuitos ou em parceria). Houve organizações que “lembraram” que tinham outros perfis e reativaram essas contas, dizendo o que estão fazendo ou pedindo ajuda para continuarem funcionando. Lembre-se que o atendimento ao público com as atividades presenciais foram suspensas ou diminuídas, mas os serviços administrativos continuam, sejam eles em casa ou na própria ONG. Então, as contas estão aí para serem pagas.

As mídias sociais têm sido um meio estratégico para essas organizações continuarem resistindo com as atividades que puderam adaptar para o meio digital ou para a criação de novas atividades nesse meio. Outras, em sua maioria, têm feito uso dessas mídias para comunicarem, também, ações emergenciais de socorro em suas comunidades.

Porém, isto alcança um público que está conectado ao mundo digital e sabemos que as ONGs, majoritariamente, atendem a maioria que está excluída deste universo. Portanto, as ferramentas tradicionais também foram “redescobertas” e estão sendo bastante utilizadas, como o uso de rádios comunitárias, bicicletas e carros de som, faixas em pontos estratégicos e folhetos entregues juntos às doações que são realizadas.

A melhor estratégia de comunicação é aquela que dialoga com seu público. O que funciona em uma ONG pode não funcionar em outra e isto inclui o formato. Às vezes, pode-se pensar que produzindo vídeo com alguém falando formalmente ou com várias edições, filtros e efeitos só pra dizer que “está profissional”, nem sempre funciona. É perfeitamente aceitável uma produção que fale uma linguagem informal (sem uso de imagens vulgar ou apelativas e palavras chulas) e sem excesso de embelezamento estético desde que consiga causar algum efeito positivo neste público. O profissionalismo está no entender e no justificar desta escolha, assim como observar e mostrar os resultados.

Este é o momento de aproveitar as boas práticas de comunicação já existentes (nas mídias sociais ou não) e de ser criativo. Seja empático, mostre afinidade e se identifique com e para seu público.

A sustentabilidade de uma ação de comunicação está relacionada com a lenta mudança de visão do público e da organização com uma causa. A mensagem não pode ser cansativa.

Siga no Instagram 


Acompanhe mais no Instagram @gecomterceirosetor

quarta-feira, 20 de maio de 2020

Associação disponibiliza infográfico de comunicação para OSC


O Grupo de Institutos Fundações e Empresas (Gife) disponibiliza os infográficos produzidos no “Seminário Internacional Sustenta OSC”, elaborados durante as oficinas de coprodução nos temas: Comunicação por uma sociedade livre, Panorama e agenda da produção de conhecimento sobre o terceiro setor e Incidência política para fortalecimento da sociedade civil. O evento, realizado nos dias 30 e 31 de outubro do ano passado, em São Paulo, discutiu os desafios que são colocados para as Organizações da Sociedade Civil (OSC) na comunicação com a sociedade e com o poder público, o aprimoramento colaborativo do mapeamento das pesquisas sobre OSC, Investimento Social Privado (ISP) e filantropia no Brasil, a importância de utilizar dados e conhecimento sobre o terceiro setor, propostas e estratégias de incidência que fortaleçam a sociedade civil e o aprimoramento do ambiente de atuação das organizações.


Entender os campos de atuação da comunicação, a importância da pesquisa e produção de conhecimentos, além de compreender o contexto de incidência política para fortalecimento do campo das organizações da sociedade civil são eixos fundamentais para um melhor entendimento dos desafios e estratégias no ambiente do Terceiro Setor.



Assim, o Grupo de Estudos de Comunicação para o Terceiro Setor (Gecom), traz abaixo os links para acesso aos infográficos produzidos pela área de Comunicação do Gife, o Grupo de Conhecimento sobre Investimento Social e o Advocacy do Gife. Todo o material faz parte do projeto Sustentabilidade Econômica das Organizações da Sociedade Civil, do Gife. O Gecom divulga e valoriza os trabalhos de pesquisadores e profissionais no campo da Comunicação para o Terceiro Setor, porque acredita na construção coletiva de conhecimento.





Siga no Instagram 

Acompanhe mais no Instagram @gecomterceirosetor

segunda-feira, 27 de abril de 2020

Impacto do novo coronavírus pode encerrar projetos de ONGs



Pesquisa realizada pela Agência do Bem revela que 25% podem fechar e 58% encerrarem projetos e atendimentos no curto prazo.

A Agência do Bem, organização sem fins lucrativos, articuladora da Rede de Organizações do Bem, realizou a pesquisa “Impacto do Coronavírus no Terceiro Setor”, entre os dias 3 e 7 de abril, com 231 diretores de 800 ONGs. O resultado revelou que 67% tiveram queda de arrecadação de suas receitas acima de cinquenta por cento após o início da pandemia, e 83% preveem riscos concretos de fecharem suas portas no curto prazo ou terem de reduzir substancialmente suas atividades caso a situação atual não se reverta rapidamente.

O levantamento identificou, ainda, o impacto imediato na rotina destas organizações. Segundo os respondentes, apenas 1% manteve suas atividades normais após o início da pandemia, enquanto 72% paralisaram completamente. Em relação ao contexto comunitário no qual atuam, 89% observam grave deterioração nas condições de subsistência das famílias atendidas, indicando necessidade de socorro imediato.

“Esse estudo aponta um risco real e afligente. Mais uma vez, são estas redes de solidariedade que estão fazendo a diferença lá na ponta, diminuindo o sofrimento da população durante a pandemia, saciando a fome de milhões de pessoas. Muitas medidas estão sendo estudadas para socorrer empresas e profissionais autônomos, todas muito justas e necessárias. A contradição é que tais benefícios não incluem as ONGs que, além desse papel vital, empregam cerca de 3 milhões de pessoas no país. Isso precisa ser visto”, analisa o fundador da Agência do Bem e responsável pela pesquisa, Alan Maia.

A pandemia do novo coronavírus (Covid-19) e as medidas de isolamento provocaram a queda da atividade econômica e impôs riscos concretos à capacidade de gerar renda e de prover subsistência à milhões de famílias do país. Assim, organizações do Terceiro Setor estão articulando ações em redes de solidariedade, arrecadando e distribuindo toneladas de mantimentos e itens de primeira necessidade à população mais vulnerável.

Segundo o Monitor das Doações da Covid-19, mantido pela Associação Brasileira de Captadores de Recursos (ABCR), cerca de 1 bilhão de reais já foram arrecadados entre empresas e pessoas físicas para combater os impactos da pandemia nas comunidades de baixa renda e para ajudar o sistema de saúde.

De acordo com a Agência do Bem, estes números impressionantes, contudo, escondem um perigo: todo este afluxo de doações tem como destino a população e suas urgentes necessidades, mas como ficarão estas organizações de apoio com a queda de arrecadação que já está sendo sentida pelos seus gestores?

Confira o documento com os detalhes da pesquisa neste link.

A Agência do Bem é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) que promove o desenvolvimento humano, visando à cidadania plena de populações de baixa renda, por meio da educação, de forma transparente e sustentável. Desde 2012, é articuladora da Rede de Organizações do Bem, que já congrega mais de 500 entidades sociais, especialmente de base comunitária.

Clique para saber mais sobre a Agência do Bem e a Rede de Organizações do Bem.


Siga no Instagram 

Acompanhe mais no Instagram @gecomterceirosetor

segunda-feira, 20 de abril de 2020

Fórum Grita Baixada realiza mapeamento de iniciativas comunitárias no combate ao coronavírus



O Fórum Grita Baixada (FGB) está mapeando, desde o dia 3 de abril, iniciativas comunitárias na Baixada Fluminense em apoio a famílias em vulnerabilidade social sob o risco do novo coronavírus (Covid-19). O objetivo do mapeamento é facilitar o acesso rápido e prático a iniciativas na região de apoio e solidariedade a essas famílias que foram impactadas pela atual pandemia.

Além de diminuir a dispersão das informações, a relação dos dados reunidos é um compilado de organizações que estão recebendo doações materiais, financeiras e trabalho voluntário, nesse momento tão grave e que exige de todos cuidado, mas também um olhar para aquelas e aqueles mais desprovidos dos serviços públicos e dos direitos sociais mais básicos.

A lista será atualizada frequentemente à medida que mais informações sejam cadastradas no formulário online que pode ser acessado aqui: Formulário para cadastro de iniciativas ou campanhas .

O preenchimento do formulário servirá para que o Fórum Grita Baixada disponibilize regularmente em seu  site ou Facebook informações de mobilização da sociedade na Baixada Fluminense para apoio a essas medidas de ajuda, solidariedade e enfrentamento ao novo coronavírus. 

O preenchimento do formulário é livre e não se constitui em compromisso do Fórum com qualquer das organizações registradas.

Link para preencher o formulário:

Sobre o Fórum Grita Baixada


O Fórum Grita Baixada é uma coalização de organizações e pessoas da sociedade civil articuladas em prol de iniciativas voltadas aos direitos humanos e a segurança pública, tendo na Baixada Fluminense seu olhar e seu território de ação. Por meio da formação popular, mobilização e articulação de forças e uma estratégica incidência política, contribui para a valorização da vida e a superação das estruturas de produção e reprodução da violência.

Clique para saber mais https://forumgritabaixada.org.br/


Siga no Instagram 

Acompanhe mais no Instagram @gecomterceirosetor

sexta-feira, 20 de março de 2020

Casa Fluminense realiza quinta edição do Curso de Políticas Públicas

Alunos de 12 municípios da Região Metropolitana do Rio de Janeiro presentes no primeiro dia de aula do Curso de Políticas Públicas.

“Acho uma ótima oportunidade de desenvolver não só o meu lado jornalista, mas também o meu lado militante e cidadão, que é discutir as questões de políticas públicas voltada mais para a favela.” Com esta fala, o jornalista do Fala Roça e do Favela em Pauta, Michel da Silva, 26 anos, descreve a importância do Curso de Políticas Públicas, organizado pela associação civil sem fins lucrativos Casa Fluminense, que teve início no dia 4 de março, no Centro do Rio, sede da organização.

O jornalista e morador da favela da Rocinha Michel da Silva espera contribuir para a incidência em políticas públicas em seu território.

Michel, morador da Rocinha, formado em jornalismo pela PUC-Rio, é um dos 40 alunos representantes dos 12 municípios da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, que está na formação, que é realizada em parceria com o Grupo Casa e integra o curso de extensão do Instituto de Estudos Sociais e Políticos (IESP/UERJ).

O Curso de Políticas Públicas é uma iniciativa que busca fortalecer capacidades de incidência de grupos, movimentos, coletivos e organizações do terceiro setor para a participação aprofundada na formulação, debate e monitoramento de políticas públicas no Rio de Janeiro em um contexto complexo de fragilidade democrática, violência política institucionalizada, perseguição aos ativistas, desinformação e aprofundamento das desigualdades. O curso tem carga horária de 60 horas distribuídas em três ciclos: Rio em formação, democracia e participação social e políticas setoriais. São 16 encontros e mais cinco atividades extras que acontecem semanalmente às quartas-feiras, das 13h às 17h:30. Em um de seus encontros está prevista a formação Comunicação e Mobilização Social, que será realizada pelas mediadoras Dani Orofino e Luna Costa.

Da esquerda para a direita: o coordenador executivo da Casa Fluminense, Henrique Silveira, a assessora de mobilização Yasmin Monteiro e a coordenadora de produção do curso Karen Kristien.

“É cada dia mais importante que a gente tenha uma cidade pensada a partir da periferia e por atores dos mais diversos, população das periferias, pelos negros, pelas mulheres negras, pela população LGBT. Então, a gente só vai conseguir de fato ter uma construção de uma cidade democrática, a partir do momento que essa cidade for pensada por todo mundo”, explica a assessora de mobilização da Casa Fluminense, Yasmin Monteiro.

“Esperamos encontrar soluções para os desafios que a gente tem. Desafios muito antigos, como saneamento básico, de mobilidade, a partir da participação e da contribuição social. Então, a gente pensa que esse curso é pra isso”, completa.

Yasmin e Karen apresentam os objetivos e a metodologia da quinta edição do curso aos 40 alunos inscritos.

Muitos que engajam na luta pelas políticas públicas acabam confundindo com políticas partidárias e se perdem no direcionamento de suas ações, apesar de existir uma linha tênue entre as duas.

“Quando a gente pensa política partidária, a gente olha a partir das bandeiras. A gente tem uma característica, também, de política governamental que é o personalismo. Então, muitas das vezes as políticas públicas são marcadas por este personalismo. Mas quando a gente tá tratando de políticas públicas, a gente entende que é um direito do cidadão de ter acesso a direitos. Então, a política pública é pensada para que esses sujeitos tenham acesso a esses direitos. Por exemplo, quando a gente fala de moradia, de saneamento, de cultura, de mobilidade urbana, a gente tá pensando em desenhos de políticas que garantem às pessoas terem acesso de se deslocarem, terem uma moradia digna e respeitosa. Então, a ideia é para que além do partido ou do governador, que está ali instalado naquele momento, pelo período de quatro anos, ou do mandato de um senador, que são oito anos, que a política pública se estenda para além desses períodos e consiga se efetivar em diferentes instâncias, espaços sociais, medidas para garantia de direitos”, esclarece a coordenadora de produção do curso da Casa Fluminense, Karen Kristien.

“A política partidária tem intenções que estão alinhadas com ideologias que talvez não sejam públicas. Elas beneficiam somente um grupo social ou um nicho para ocupar, ou para aquele partido que ele é voltado. E aí, quando a gente fala de política pública pensamos em democratização e acesso coletivo, e não só de um público restrito”, completa Karen.

A Casa Fluminense oferece aos participantes do curso publicações produzidas pela própria organização, como os boletins, almanaque e a Agenda Rio 2030, que é o material de referência. Além disso, cada mediador das disciplinas indica um material de leitura prévia, com uma ementa da aula junto a uma bibliografia.

“Acho que essa formação vai ajudar a gente a pensar políticas públicas para os nossos territórios, que possuem muita deficiência nessa área. Nosso papel, enquanto jornalista, é reportar o espaço dessa região e apontar possíveis soluções. E aí, é onde entra políticas públicas, mostrando como é que a gente pode resolver os problemas e apontando os caminhos através de alguma política pública para essa região”, conta Michel sobre a sua expectativa em relação ao curso.

“A ideia é que os participantes tragam um repertório, tragam um saber, porque a gente também está aprendendo com essas vivências, essas mobilizações, que já são feitas por eles em outros espaços, que não são os espaços da Casa. Então, a ideia de rede e de circulação de saber através dos participantes do curso para a gente é uma realidade”, afirma Karen.

Atualmente o curso entrou em recesso devido ao COVID-19, o novo coronavírus, e está seguindo as recomendações do Estado e da Secretaria Municipal de Saúde em evitar reunião de grupos de pessoas em ambientes fechados ou aglomerações na rua, uma vez que o curso também oferece atividades externas.

Leia aqui o comunicado oficial da Casa Fluminense, publicado dia 16 de março.




Clique para saber mais www.casafluminense.org.br


Siga no Instagram 

Acompanhe mais no Instagram @gecomterceirosetor

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

Qual é a anatomia de um blog post?


No início deste ano, a Tracto em parceria com o Dino divulgaram o resultado da pesquisa sobre os hábitos de quem redige posts para blogs. O estudo foi realizado no início de janeiro de 2020, tendo como base o ano de 2019, com um total de 778 respondentes, por meio de amostra aleatória não-probabilística representativa dos profissionais de comunicação do Brasil.

As perguntas mais importantes da pesquisa referem-se aos resultados de marketing que os posts em blogs podem gerar. O resultado permite comparar com a mesma pesquisa que foi realizada nos Estados Unidos.

A Tracto é uma empresa especializada em marketing de conteúdo (content marketing), com experiência de quase uma década e reconhecimento internacional. Oferece consultorias e treinamentos nesta área, com foco em formatos de podcasts, webinar e videoaulas.

O Dino é uma plataforma de divulgação de notícias nos mais variados veículos de comunicação. Sua rede de distribuição garante a publicação dos conteúdos enviados por assessorias de imprensa ou diretamente por empresas em centenas de publishers.

Para os profissionais de comunicação do terceiro setor vale conferir esses resultados e usá-los como insights em suas estratégias de comunicação nas organizações que trabalham.

Então, vamos as principais análises desta pesquisa que o Gecom separou.

Acesse o conteúdo completo da pesquisa, clicando neste link https://mailchi.mp/tracto/anatomia-de-um-blog-post-2019

A pesquisa mostra que a maioria dos brasileiros gastam em média 3h para a produção de um post. Enquanto aqueles que gastam  mais tempo (acima de 6h), acreditam obter mais resultados de marketing (43%).



Em relação ao tamanho dos blog posts, no Brasil, 54% escrevem entre 500 a 1000 palavras. Aqueles que escrevem de 1000 a 1500 (16%, no Brasil e 27%, nos Estados Unidos) e de 1500 a 2000 palavras (7%, no Brasil e 17%, nos Estados Unidos), acreditam obter resultados de marketing, 23% e 24%, respectivamente.



A pesquisa apresenta que o processo de edição dos blog posts, de 2018 para 2019, o percentual daqueles que editam o próprio post caiu de 72% para 64%. Aqueles que envolvem alguém para revisar, formal ou informalmente, cresceram 8%. Consequentemente, este grupo (61%), acreditam obter ótimos resultados de marketing contra aqueles que editam o próprio post (15%).




Segundo a pesquisa, a frequência de publicações dos blog posts é de 31% para aqueles que escrevem semanalmente e representam 10% daqueles que acreditam obter ótimos resultados de marketing. Uma porcentagem menor, aqueles que escrevem mais de uma vez por dia (7%) e aqueles que escrevem diariamente (13%), acreditam ter mais resultados de marketing (32%, para os dois grupos). O público que escreve mensalmente (9%) diz obter ótimos resultados de marketing (6%).




No entanto, esta frequência pode estar correlacionada às estratégias de marketing de cada grupo e o tipo de empresa, organização ou blogueiro.

Ainda de acordo com a pesquisa, no Brasil, 68% fazem acompanhamento do Analytics contra 32% daqueles que nunca ou raramente fazem ou que não têm acesso à mesma ferramenta. Assim, os que fazem esse tipo de acompanhamento, acreditam que obtêm melhores resultados de marketing (66%).




Em relação aos formatos de conteúdo publicados nos últimos 12 meses, a pesquisa mostra que no Brasil, as preferências são por notícias (64%), post do tipo “como fazer alguma coisa” (57%) e artigo de opinião (53%).



A pesquisa mostra que, no Brasil, os elementos que normalmente os posts contêm são imagens (90%), aspas/citações de pessoas ou autores em destaque (60%) e lista de itens (49%), como os mais usados por aqueles que escrevem blog posts.



No item, promoção de conteúdo do blog, pouca coisa mudou em relação aos que fazem uso de diversas redes sociais (organicamente) ou de SEO (ranqueamento em motores de busca, como o Google), em que a variação, entre 2018 e 2019, foi de 87% para 88%, no primeiro caso e de 52% para 53%, no segundo.



Vale observar, também, que houve um crescimento relevante de 15% no uso de e-mail marketing ou newsletter por e-mail e um crescimento de 2% em serviços pagos. O primeiro caso revela que aqueles que escrevem blog posts estão cada vez mais revendo e retornando a esse tipo de estratégia, que no passado se dava grande importância a criação de uma base de e-mail, ou mala direta. O segundo caso pode-se atribuir a dois fatores: aos novos entrantes no mercado, que acreditam somente em anúncios pagos para dar a visibilidade desejada e aqueles que entenderam a importância deste alinhamento com outros meios de promoção de conteúdo como forma de alcançar os resultados pretendidos.

Em relação a queda do marketing de influência, de 10% para 5%, pode-se considerar o boom inicial contra os que desconhecem ou não sabem como investir neste tipo de estratégia. Ainda é um caso relativamente novo e que precisa ser melhor estudado e trabalhado para a promoção de conteúdo ou marketing de negócios.

De acordo com a pesquisa, gerar tráfego e atrair visitantes (70%) e criar conteúdo com qualidade e regularidade (47%) continuam sendo os grandes desafios de quem produz conteúdo para blog.



Sobre o impacto do blog nos resultados de marketing, apenas 17% acreditam que ele gera fortes resultados, enquanto 42% observam que gera somente alguns resultados.



Neste estudo, podemos avaliar que dependendo da finalidade de seu blog e o conteúdo por ele produzido, é possível obter resultados e impactos fortes em seus objetivos e propósitos, visto que boa parte do conteúdo que interessa tem sido notícias e “como fazer alguma coisa”, conforme os dados aqui apresentados.


Siga no Instagram 

Acompanhe mais no Instagram @gecomterceirosetor