segunda-feira, 17 de julho de 2017

Agência de Notícias das Favelas realiza I Encontro Latino-Americano de Comunicação Comunitária


Contribuição da equipe da cobertura colaborativa do ELACC
Encontro Latino-Americano de Comunicação Comunitária
Painel de abertura: Experiências de Comunicação Comunitária na América Latina.
Uma narrativa contada por quem vive e faz a própria história. Assim foi o I Encontro Latino-Americano de Comunicação Comunitária (ELACC), que aconteceu de 06 a 09 de julho, em Niterói (RJ).  O Encontro foi organizado pela Agência de Notícias das Favelas (ANF) e pela Redes de Agentes Comunitários de Comunicação (RACC) em parceria com o Laboratório de Políticas Culturais.

Experiências de quem vive nas favelas, baixada fluminense e periferias da América Latina foram discutidas durante os quatro dias de intensa programação, reunindo comunicadores comunitários, ativistas culturais, pesquisadores e mídias independentes. E o que não faltou foi conteúdo. Cultura, democracia e direito à comunicação, diversidade, gênero, povos originários, comunidades tradicionais, direitos humanos foram alguns dos assuntos debatidos nas rodas de conversa.

“O Encontro foi um grande marco para a Agência de Notícias das Favelas. A gente conseguiu reunir pessoas de diversos países para falar de comunicação comunitária dentro de um contexto em que nunca existiu um encontro como esse”, conta o diretor e fundador da ANF, André Fernandes.
Encontro Latino-Americano de Comunicação Comunitária
Ao lado do diretor e fundador da ANF, André Fernandes. Encontro memorável.

Segundo ele, há uma expectativa de “criar uma associação latino-americana de mídia livre. A gente quer expandir, porque a comunicação comunitária é uma coisa restrita. A mídia alternativa, a mídia livre é uma coisa mais abrangente do que a comunicação comunitária. Talvez a gente abrace mais pessoas e, com isso, conseguir mais público e patrocínio para fazer algo maior na América Latina para reunir essa galera”.

O diretor do Teatro Popular Oscar Niemeyer e do Laboratório de Políticas Culturais, Alexandre Santini, destacou a importância da forma e da realização em que o Encontro aconteceu. “Um encontro colaborativo, autogestionado, com pouco recurso. Eu acho que foi um êxito, um sucesso ter articulado um encontro, inclusive com a cidade Niterói, que foi um acerto muito grande. Ter promovido uma atividade paralela, como o lançamento do livro, exibir filmes, foi muito bom, uma opção legal. Estou plenamente satisfeito com o resultado”.
Encontro Latino-Americano de Comunicação Comunitária
Alexandre Santini e seu livro sobre as políticas culturais na América Latina.

Alexandre Santini teve seu livro “Cultura Viva Comunitária – Políticas Culturais no Brasil e na América Latina” publicado durante o evento. A obra analisa e descreve, historicamente, a trajetória das políticas culturais em países latino-americanos. 

Confira o lançamento do livro: Cultura Viva Comunitária – Políticas Culturais no Brasil e na América Latina 

Além das rodas de conversa e lançamento de livro, houve shows, exibição de documentários, projeções e exposições fotográficas, batalha de MCs, grafitti, sarau literário, funk e hip hop.

Acesse o instagram @gecomterceirosetor e @agenciadenoticiasdasfavelas e relembre o dia a dia do ELACC. 

A caminho de Quito

O I Encontro Latino-Americano de Comunicação Comunitária foi uma atividade preparatória para o III Congresso Latino-Americano de Cultura Viva Comunitária, que acontece em Quito, Equador, de 20 a 25 de novembro.

“Pretendemos levar para Quito, a proposta de andar em paralelo com esse Encontro, em união. E que esse evento seja em parceria sempre com o Cultura Viva Comunitária no sentido de divulgação e visibilidade”, conta André Fernandes.
Encontro Latino-Americano de Comunicação Comunitária
Agentes culturais realizam o lançamento oficial da caravana "Rumo a Quito".

Ao final do Encontro, foi lançada, oficialmente, a caravana “Rumo a Quito”, no qual se propõe, inicialmente, obter apoio da Secretaria de Cultura de Niterói à participação dos pontos de cultura da cidade para o Congresso. “É uma iniciativa que, de repente, pode reverberar, também, para a cidade do Rio de Janeiro e outros estados e cidades a fazerem o mesmo. Uma forma de mobilizar a participação brasileira nesse Congresso”, explica Alexandre Santini.

No último dia 10, representantes das organizações culturais do Equador, Uruguai e México formalizaram o convite à Secretaria de Cultura de Niterói a participar do III Congresso Latino-Americano de Cultura Viva Comunitária.

A seguir, confira o conteúdo completo, realizado em cobertura colaborativa, sobre as rodas de conversa, acessando os links de cada assunto discutido no Encontro.


Painel: Experiências de Comunicação Comunitária na América Latina 
http://www.anf.org.br/midias-alternativas-latino-americanas-debatem-direito-a-livre-comunicacao/

Gênero, Diversidade e Comunidades: Comunicação para o empoderamento e combate ao preconceito e à opressão 
http://www.anf.org.br/roda-de-conversa-debate-preconceito-e-opressao-na-comunicacao/
Encontro Latino-Americano de Comunicação Comunitária
Discussão sobre gênero e diversidade foi um dos momentos ricos do Encontro.

Democracia em jogo: Futebol, Mulher e Mídia na América Latina 
http://www.anf.org.br/povos-tradicionais-esporte-e-mulher-em-manha-de-debates-veja-fotos/

Comunicação dos Povos Originários e Comunidades Tradicionais 
http://www.anf.org.br/povos-tradicionais-esporte-e-mulher-em-manha-de-debates-veja-fotos/
Encontro Latino-Americano de Comunicação Comunitária
Uma verdadeira aula prática ao ar livre sobre comunicação comunitária.

Direito à Comunicação no Brasil e na América Latina – Políticas Públicas e Democratização da Mídia 
http://www.anf.org.br/elacc2017-democratizacao-da-midia-em-debate-veja-fotos/
Encontro Latino-Americano de Comunicação Comunitária
A democratização da mídia foi um dos temas mais aguardados pelo público.

Memória Histórica, Direito à verdade e Comunicação Popular na América Latina 
http://www.anf.org.br/memoria-e-fotografia-ganham-destaque-no-elacc/

Comunicação, Cultura e Direitos Humanos: a voz das favelas, comunidades e periferias da América Latina 
http://www.anf.org.br/elacc-comunicadores-de-favela-se-reunem-em-roda-de-conversa/
Encontro Latino-Americano de Comunicação Comunitária
Agentes comunitários de comunicação debatem sobre o ativismo nas favelas.

Rumo a Quito – III Congresso Latino-Americano de Cultura Viva Comunitária 
http://www.anf.org.br/ultimo-bate-papo-do-elacc-discute-congresso-no-equador/

  • Documentários políticos-culturais e artísticos sob a ótica da comunicação e cultura comunitárias foram atrações em cada dia do evento: Eu só quero é ser feliz – uma breve história do funk carioca (André Fernandes); Fantasma vestido de palhaço (Alessandra Stroop); A batalha do passinho (Emílio Domingos); Deixa na régua (Emílio Domingos).
 
  • Encontro promove exposição fotográfica digital: Fotógrafos e fotógrafas independentes, que foram selecionados na convocatória do ELACC, tiveram suas fotos projetadas nas paredes do Teatro Popular Oscar Niemeyer, na noite de sexta-feira. Imagens latino-americanas se uniram às paredes do teatro e formaram um gigantesco painel fotográfico.
 
Encontro Latino-Americano de Comunicação Comunitária
Batalha das Musas e Slam das Minas em um "duelo" artístico de rap e poesia.

Acesse o link abaixo para conferir fotos e outros momentos do encontro.
https://www.facebook.com/events/1833362540249729/?fref=ts


Sobre a ANF 
A Agência de Notícias das Favelas foi criada para atender a demanda da imprensa e da sociedade que precisavam obter informações sobre que acontecia no contexto das favelas do Rio de Janeiro. A agência luta pela democratização da informação da favela para o mundo, tendo como protagonistas seus próprios moradores e estimula a integração e a troca de informações entre as favelas, com a finalidade de melhorar, por meio de formação de uma grande rede de colaboradores, a qualidade de vida do povo.

O jornal “A Voz da Favela” tem a tiragem de cinquenta mil exemplares mensais, circulando nas regiões do Rio de Janeiro, da Baixada Fluminense e Região Serrana.

Atualmente, o site conta com uma rede de aproximadamente 300 colaboradores. Quem quiser contribuir com textos e informações relevantes, precisa apenas entrar no site (www.anf.org.br) e solicitar participação.