quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Sustentabilidade do terceiro setor é debate no 10º Fórum Rio



Casa Fluminense
O diretor executivo do Cieds, Fabio Muller, discute com representantes de ONGs sobre sustentabilidade no terceiro setor.

A Casa Fluminense organizou, em parceria com outras organizações sociais, a décima edição do Fórum Rio - Convergências para 2018, no último sábado (25), no Galpão da Ação da Cidadania, região portuária do centro do Rio. O Fórum busca fomentar convergências da sociedade civil para a defesa de uma visão longo prazo no Rio durante o debate de 2018, tendo a redução das desigualdades territoriais como prioridade da ação pública e a Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável da ONU.

Entre as 22 atividades que foram realizadas no Fórum, estava a oficina “Sustentabilidade do Terceiro Setor”, da qual participei e trago para vocês o que foi discutido.

O debate contou com a presença de instituições da sociedade civil e os vencedores do edital Fazedores do Bem, mediado pelo diretor executivo do Centro Integrado de Estudos e Programas de Desenvolvimento Sustentável (Cieds), Fabio Muller.

Em sua apresentação, ele citou alguns desafios que as organizações da sociedade civil (OSC) encontram em busca da sustentabilidade: accountability e transparência, desenvolvimento institucional, atuação em redes e medição dos efeitos e impactos.

A coordenadora e captadora de recursos do Instituto Formiga Karioca, Dayse Alves, citou que “uma das dificuldades das organizações é ter o apoio das pessoas e elas acreditarem que o trabalho das ONGs é sério”.

O superintendente do Instituto Baía da Guanabara, Adauri Souza, sugeriu uma reflexão sobre a representação e legitimidade das OSCs. “Será que as organizações da sociedade civil sabem quem elas estão representando? Qual é a representatividade delas? Não há atuação em rede, sem saber o que as organizações representam”, disse.

“As ONGs devem inovar, se reorganizar e saber usar as novas tecnologias para engajar as pessoas para uma causa”, sugeriu Mauro Furlan, da Associação Beneficente Amar.

Outros pontos discutidos foram a questão da disputa entre as ONGs, a capacidade e o papel da liderança para sustentar uma ação e a captação de recursos.

Casa Fluminense

Ao final do debate, Fabio Muller apresentou a plataforma Compartir, criada pelo Cieds. Uma plataforma de cooperação para organizações e coletivos sociais que compartilha conteúdos e oportunidades para fortalecer organizações comunitárias, identificando e semeando boas práticas. A Compartir permite ao usuário criar redes para troca de informações e construção compartilhada de conhecimento, divulgar casos de sucesso, acessar editais e oportunidades de capacitação e desenvolver parcerias e projetos coletivos.

Para saber mais acesse compartir.org.br. 

E teve mais

Durante o Fórum, houve apresentação de trabalhos acadêmicos em pôsteres alinhados aos 12 eixos da Agenda Rio, que apresentam visão e propostas de políticas públicas para redução de desigualdades, para o aprofundamento democrático e o desenvolvimento sustentável no Rio.

A décima edição do Fórum contou, também, com a Feira de Integração. Espaço que reuniu trabalhos e produtos de instituições, grupos e indivíduos parceiros, para vendas de produtos, lançamentos de campanhas e de projetos e apresentação de ferramentas de mobilização.

Ao final do evento, foram lançados o Painel do Legislativo, plataforma para acessar a produção legislativa da Alerj no período 2014-2017 e o Caderno de Experiências dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) no Rio metropolitano com o mapeamento de iniciativas que visam territorializar, monitorar e incidir na implementação dos ODS.

Sobre o Fórum

O Fórum Rio acontece duas vezes ao ano e sempre é realizado em um território diferente da metrópole. Ele é constituído a partir de um processo coletivo e colaborativo de todos os que compartilham dos seus compromissos com o estímulo à participação cidadã, a transparência na gestão pública e a defesa de políticas voltadas à promoção de igualdade, o aprofundamento democrático e o desenvolvimento sustentável no Rio de Janeiro. O Fórum tem o compromisso de debater sobre políticas públicas na metrópole e dar visibilidade aos territórios, raramente presentes na imprensa, sempre a partir do olhar de quem conhece, ama e vive neles.


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