sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Paróquia São Francisco de Assis e Associação das Empresas de Campos Elíseos celebram o Natal em Duque de Caxias



Comunidade de Campos Elíseos durante a chegada ao evento.

Diversão foi o que não faltou na tarde da última terça-feira (19), durante o “Natal da Comunidade em Ação”, com as crianças das comunidades da Paróquia São Francisco de Assis, em Campos Elíseos, bairro de Duque de Caxias. O evento, organizado em parceria com a Paróquia São Francisco de Assis e a Associação das Empresas de Campos Elíseos (Assecampe) com apoio e patrocínio da Braskem, reuniu 350 crianças cadastradas pelas comunidades da Pastoral da Criança, Santa Clara, São Francisco de Assis, São José, Nossa Senhora da Paz, Nossa Senhora de Lourdes, São João Batista, Sagrado Coração de Jesus, Nossa Senhora Aparecida, Santíssima Trindade, Santo Antônio, Nossa Senhora do Rosário, Cristo Libertador, São Judas Tadeu, Santa Teresinha, São Sebastião, Sant’Ana, Cristo Redentor e Imaculada da Conceição.

“O nosso objetivo era trazer a comunidade e fazer essa confraternização. O Natal é uma época em que a gente tem que estar reunindo as pessoas e mostrar que ainda existe jeito em nosso país. As pessoas aqui estão satisfeitas. Não tem tumulto, não tem brigas. As pessoas estão querendo mais e isso é uma oportunidade ímpar que a gente está fazendo com essas pessoas. Talvez, essas crianças não consigam uma outra oportunidade de ganhar um brinquedo no final do ano. E, hoje, elas estão conseguindo esse presente”, conta o coordenador do Processo Apell, Ariel Blanco.

Muita diversão para as crianças durante a festa de Natal.
O relações institucionais da Braskem, Daniel Fleischer, explica sobre a escolha da empresa em envolver outras igrejas nos eventos realizados nas comunidades. “Esse ano, decidimos fazer um evento um pouco maior. A Braskem não tem religião, não tem política, não tem clube de futebol. Não tem essa questão de raça, gênero ou sexo. Ela é uma empresa que é aberta a todo tipo de resistência que tem em nossa sociedade”, conta Fleischer, lembrando que ano passado a festa foi realizada no Instituto Nova Chance, vinculado à Igreja Batista.
Música, lanches, diversas brincadeiras, distribuição de presentes alegraram a tarde ensolarada das crianças que ficaram ainda mais animadas com a presença do Papai Noel.

Foto com o Papai Noel para recordação.
“A alegria e a satisfação da criançada são os nossos prêmios, o nosso pagamento”, conta o diretor executivo da Assecampe, Jorge Rezende.

Para a coordenadora da comunidade Sagrado Coração de Jesus da Pastoral da Criança, Lena Monteiro, as crianças ficaram satisfeitas. “Foi uma grande festa. Muito bonita, onde as crianças brincaram, lancharam bastante e receberam brinquedos. Ficaram felizes da vida”.

Crianças aproveitaram o dia em diversos brinquedos.
“Tudo foi feito com muito carinho para receber tanto as crianças quanto seus responsáveis no dia de hoje”, alegra-se o analista de informações gerenciais, Raphael Aguiar.
Uma grande estrutura foi cuidadosamente planejada pela organização.
A entrega dos presentes foi realizada por uma campanha de doação entre os funcionários da Braskem, que apadrinhariam 350 crianças por meio de cartas que foram distribuídas nas comunidades pela Paróquia São Francisco de Assis.

A partir da esquerda: Daniel Fleischer (Braskem), Jorge Rezende (Assecampe), pastor Edvaldo Guedes (Igreja Batista) e Ariel Blanco (Processo Apell), organizadores do evento.
“Em outubro, fizemos as cartas, que foram entregues às comunidades com os pedidos das crianças. Claro, teve carta com pedidos difíceis, mas a maioria pediu brinquedo. O que chama a atenção é que duas cartas das crianças pediram cestas básicas. Isso demonstra o nível de necessidade dessas pessoas e impressiona as pessoas que trabalham na Braskem”, revela Fleischer, surpreso com alguns pedidos.

Os sorrisos das crianças prevaleceram e a diversão foi até o fim, com muita alegria entre todas as pessoas que tiveram essa oportunidade de confraternizar um Natal em comunhão.

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quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Sustentabilidade do terceiro setor é debate no 10º Fórum Rio



Casa Fluminense
O diretor executivo do Cieds, Fabio Muller, discute com representantes de ONGs sobre sustentabilidade no terceiro setor.

A Casa Fluminense organizou, em parceria com outras organizações sociais, a décima edição do Fórum Rio - Convergências para 2018, no último sábado (25), no Galpão da Ação da Cidadania, região portuária do centro do Rio. O Fórum busca fomentar convergências da sociedade civil para a defesa de uma visão longo prazo no Rio durante o debate de 2018, tendo a redução das desigualdades territoriais como prioridade da ação pública e a Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável da ONU.

Entre as 22 atividades que foram realizadas no Fórum, estava a oficina “Sustentabilidade do Terceiro Setor”, da qual participei e trago para vocês o que foi discutido.

O debate contou com a presença de instituições da sociedade civil e os vencedores do edital Fazedores do Bem, mediado pelo diretor executivo do Centro Integrado de Estudos e Programas de Desenvolvimento Sustentável (Cieds), Fabio Muller.

Em sua apresentação, ele citou alguns desafios que as organizações da sociedade civil (OSC) encontram em busca da sustentabilidade: accountability e transparência, desenvolvimento institucional, atuação em redes e medição dos efeitos e impactos.

A coordenadora e captadora de recursos do Instituto Formiga Karioca, Dayse Alves, citou que “uma das dificuldades das organizações é ter o apoio das pessoas e elas acreditarem que o trabalho das ONGs é sério”.

O superintendente do Instituto Baía da Guanabara, Adauri Souza, sugeriu uma reflexão sobre a representação e legitimidade das OSCs. “Será que as organizações da sociedade civil sabem quem elas estão representando? Qual é a representatividade delas? Não há atuação em rede, sem saber o que as organizações representam”, disse.

“As ONGs devem inovar, se reorganizar e saber usar as novas tecnologias para engajar as pessoas para uma causa”, sugeriu Mauro Furlan, da Associação Beneficente Amar.

Outros pontos discutidos foram a questão da disputa entre as ONGs, a capacidade e o papel da liderança para sustentar uma ação e a captação de recursos.

Casa Fluminense

Ao final do debate, Fabio Muller apresentou a plataforma Compartir, criada pelo Cieds. Uma plataforma de cooperação para organizações e coletivos sociais que compartilha conteúdos e oportunidades para fortalecer organizações comunitárias, identificando e semeando boas práticas. A Compartir permite ao usuário criar redes para troca de informações e construção compartilhada de conhecimento, divulgar casos de sucesso, acessar editais e oportunidades de capacitação e desenvolver parcerias e projetos coletivos.

Para saber mais acesse compartir.org.br. 

E teve mais

Durante o Fórum, houve apresentação de trabalhos acadêmicos em pôsteres alinhados aos 12 eixos da Agenda Rio, que apresentam visão e propostas de políticas públicas para redução de desigualdades, para o aprofundamento democrático e o desenvolvimento sustentável no Rio.

A décima edição do Fórum contou, também, com a Feira de Integração. Espaço que reuniu trabalhos e produtos de instituições, grupos e indivíduos parceiros, para vendas de produtos, lançamentos de campanhas e de projetos e apresentação de ferramentas de mobilização.

Ao final do evento, foram lançados o Painel do Legislativo, plataforma para acessar a produção legislativa da Alerj no período 2014-2017 e o Caderno de Experiências dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) no Rio metropolitano com o mapeamento de iniciativas que visam territorializar, monitorar e incidir na implementação dos ODS.

Sobre o Fórum

O Fórum Rio acontece duas vezes ao ano e sempre é realizado em um território diferente da metrópole. Ele é constituído a partir de um processo coletivo e colaborativo de todos os que compartilham dos seus compromissos com o estímulo à participação cidadã, a transparência na gestão pública e a defesa de políticas voltadas à promoção de igualdade, o aprofundamento democrático e o desenvolvimento sustentável no Rio de Janeiro. O Fórum tem o compromisso de debater sobre políticas públicas na metrópole e dar visibilidade aos territórios, raramente presentes na imprensa, sempre a partir do olhar de quem conhece, ama e vive neles.


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sexta-feira, 13 de outubro de 2017

A música como ferramenta estratégica de comunicação

Baixada Nunca Se Rende
Ao lado de Eddi MC, rapper, jornalista e coordenador de Comunicação do coletivo de músicos do Baixada Nunca Se Rende.


Eddi MC é jornalista, rapper e, atualmente, coordenador de Comunicação do coletivo aberto de músicos e artistas do Baixada Nunca Se Rende (#BXD). Seu trabalho como articulador entre a Baixada Fluminense e a Organização das Nações Unidas (ONU), envolvendo a música, é muito interessante. Ele faz uso das técnicas e conhecimentos em comunicação, contribuindo para difundir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) por meio das músicas desenvolvidas pelo coletivo da Baixada Fluminense.

Nesta entrevista, ele conta como teve início a parceria entre a ONU e a Baixada, como é o seu trabalho de comunicação e os próximos passos do BXD.

Gecom: Conte como teve início esse projeto entre o Baixada Nunca Se Rende e a ONU.

Eddi MC: A ideia do projeto da parceria com a ONU veio quando eu fazia pós-graduação em Gestão Estratégica de Comunicação e uma das minhas colegas de sala trabalhava na ONU como coordenadora do projeto pelo lado deles. Ela me colocou em contato com o coordenador de Comunicação do Centro Rio+. Ele me ligou, explicou qual era a ideia e eu falei que tinha um coletivo de artistas, que é o coletivo Baixada Nunca Se Rende, que poderia trabalhar divulgando os ODS por meio de nossas músicas. E é o que a gente já fazia sem apoio, sem divulgação, por iniciativa própria. É interessante que a ONU, na década de 70 e 80, a presença dela na Baixada Fluminense foi por meio de um relatório que dizia que Belford Roxo era o lugar mais violento do mundo. E, agora, ela volta por meio de um projeto que valoriza a cultura da Baixada Fluminense, valoriza a sustentabilidade, que é a plataforma mundial da ONU, os ODS, e possibilita inúmeras outras ações nesses caminhos: sustentabilidade, música e cultura. Fundamental.

Gecom: Qual seu papel dentro do projeto?

Eddi MC: Hoje, eu faço uma espécie de coordenação de Comunicação. Eu coloco em prática o que aprendi na pós-graduação, minha experiência de comunicador, jornalista, para traçar, junto com os outros integrantes, estratégias para ampliar mais o nosso alcance.

Gecom: Como você avalia a estratégia de usar a música como um meio de comunicação para transmitir a mensagem sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável?

Eddi MC: É ótimo. Porque engajar um artista não é assim tão fácil. Então, se você tem um artista numa causa, você já tem uma pessoa que é uma formadora, que pode engajar inúmeras outras até onde a música dele chegar. Até onde quem ouvir, gostar. Ouvir, entender a proposta da reivindicação inicial do Centro Rio +. Dizer, simplesmente, que o papel que eles [ONU] escrevem e mandam para os governos e que colocam no site, são coisas frias. E a música é o contrário. Ela vai até onde o povo tá. Ela fala na linguagem que o povo entende. E não só a população mais carente, não. Qualquer pessoa pode ter mais possibilidade de entender e ser tocado por uma música que eu falo, do que uma notícia que está no site. Então, acho que a proposta de engajar os músicos é essa. Estabelecer um contato mais direto entre a ONU e a população.

Baixada Nunca Se Rende
Músicos e artistas do coletivo Baixada Nunca Se Rende reunidos na praça de Belford Roxo.

Gecom: O documentário "#BXD – Baixada Nunca Se Rende" já foi exibido em Moçambique, China e Cazaquistão. Qual o objetivo dessa exibição em outros países?

Eddi MC: O nosso parceiro é um parceiro mundial. A missão do Centro Rio+ é criar iniciativas inovadoras, criar estratégias inovadoras para falar dos ODS. A gente está considerando essas estratégias de engajar um coletivo de artistas para falar dos ODS  uma coisa inovadora. Então, estamos apresentando para o mundo um trabalho inovador feito pela Baixada, que conta, também, a nossa história musical que a gente fez para o CD promo, voltado para os ODS na Baixada Fluminense. Acho que o objetivo é esse, mostrar essa ideia inovadora.

Gecom: Onde será a próxima exibição deste documentário?

Eddi MC: Estados Unidos e Bulgária. Todos os dois em outubro.


Se liga só no vídeo em que Eddi MC fala sobre um dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável com uma linguagem simples e direta.


Acompanhe o trabalho de Eddi MC nas redes sociais

Rap da Baixada em novo CD

O próximo CD do Baixada Nunca Se Rende vai contar com 17 faixas de músicas, falando sobre os 17 ODS, cantados por cada músico do coletivo.

“Provavelmente, a rapaziada, a molecada do rap, que está promovendo as rodas culturais que falam sobre os 17 ODS devem estar presente no segundo CD”, conta um dos líderes da Roda Cultural da Casa da Cultura de Belford Roxo, LC do Cantão, há 15 anos no mundo do rap.

Ele destaca o esforço dos músicos da Baixada em trabalhar com música e cultura com a intenção de transmitir uma mensagem que possam abrir os olhos das pessoas para diversas questões sociais.

“Os músicos ainda têm forças pra fazer música, pra fazer cultura. A nossa missão é fazer música. Abranger pessoas, alertar pessoas, abrindo visão, pra ter conteúdo musical através do rap. Essa é a nossa missão”, conclui o rapper, que também faz parte do coletivo Baixada Nunca Se Rende.

Baixada Nunca Se Rende
LC do Cantão é um dos líderes da Roda Cultural de Rap e integrante do coletivo Baixada Nunca Se Rende.

Conheça mais sobre o Baixada Nunca Se Rende em
https://www.facebook.com/bxdnuncaserende/


Canal no Youtube:
https://www.youtube.com/channel/UCu0uyvLayZkEFKG9bDd_OGw

Entre em contato com:
Eddi MC: emicied@gmail.com ou (21) 97473-4974 


Fique por dentro sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), acessando o link https://nacoesunidas.org/pos2015/

Baixada Nunca Se Rende
Os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) divulgados por meio da música na Baixada Fluminense.

sábado, 23 de setembro de 2017

Comunicadora comunitária recebe Medalha Pedro Ernesto




Gizele Martins recebe certificado do vereador Renato Cinco em reconhecimento pela sua luta e resistência nas favelas.
Dia de muitas emoções e homenagens a uma das maiores comunicadoras comunitárias do Rio. Gizele Martins recebeu, no último sábado (16), a Medalha de Mérito Pedro Ernesto, a principal Comenda da cidade do Rio de Janeiro, no Museu da Maré, pelo vereador Renato Cinco (PSOL).

A entrega da medalha ocorreu dentro de “sua casa” (o Museu da Maré), como ela mesma gosta de frisar, por ser ali o espaço em que aprendeu a ser uma cidadã atuante, uma pessoa que mobiliza as outras, alguém que aprendeu a defender e a lutar por seus direitos e pelos direitos de outras pessoas, uma mulher que descobriu em si o que é fazer, na prática, comunicação comunitária.

Momento de entrega da Medalha de Mérito Pedro Ernesto, a principal Comenda da cidade do Rio de Janeiro.

“Quando a gente faz uma homenagem à Gizele, estamos fazendo uma homenagem às favelas e toda a luta e resistência que existe dentro das favelas. Então, acho que não fazia sentido tirar essa homenagem daqui. Quando a gente vem pra cá homenagear a Gizele, a gente está homenageando toda a Maré e todas as favelas do Rio de Janeiro”, explicou o vereador ao contar o porquê da cerimônia não ter sido realizada dentro da Câmara Municipal, como habitualmente é feito.

A homenagem contou com a participação de diversos moradores do Complexo da Maré, Acari, Vila Autódromo, Duque de Caxias, entre outras comunidades, além de representantes, líderes e companheiros de movimentos e lutas populares, jornalistas comunitários, estudantes de comunicação, parentes, amigos, amigas e outros admiradores de seu trabalho.

“Eu agradeço muito por essa homenagem. Agradeço por esse momento. São muitos anos de luta, resistência, tristeza, corrida de caveirão, corrida de tanque de guerra, subindo e descendo o morro. E aí, estou muito feliz em estar aqui vendo a cara do povo e toda essa diversidade”, conta Gizele Martins.

A comunicadora comunitária não nega suas raízes, nem mesmo quando teve que frequentar as instituições acadêmicas de classe média alta, onde enfrentou e venceu vários preconceitos, até se tornar uma legítima jornalista. “A favela não vive, ela sobrevive. A gente não tem que ter vergonha e dizer “eu sou favela”. Quem tem que ter vergonha são eles, que não nos respeitam”, diz.

“Comunicação é algo que se faz “com” e não “para”. Eu quero que o outro lute comigo e não para mim, porque tem muitos que querem lutar pelo outro, mas não luta com o outro e essas coisas são muito diferentes”, explica.

“O Museu está muito feliz, porque realmente a gente vê o quanto esse espaço de uma construção coletiva está sendo importante para receber uma homenagem para uma pessoa que está aqui nessa luta, trilhando esse caminho. A gente tem que unir forças, mesmo”, discursou a coordenadora do Museu da Maré, Claudia Rose.

Claudia Rose ressaltou a importância e a participação da homenageada em unir forças pelos direitos nas favelas.
O professor do Pré-Vestibular do Centro de Estudos e Ações Solidárias da Maré (Ceasm), Leon Diniz se emocionou ao falar sobre a trajetória da homenageada. “A Gizele quando chegou lá tinha uma dificuldade imensa em escrever. A gente podia destruir ou construir. Ela ia no pré-vestibular e não desgrudou mais. Então, a gente foi caminhando, construindo junto e hoje a gente se encontra onde tem que se encontrar, na área e nos encontros de direitos humanos”, conta.

Leon Diniz contou sobre a experiência e o crescimento no tempo em que Gizele Martins esteve no Ceasm.
A jornalista comunitária da Maré, Thaís Cavalcante, falou sobre a representatividade da Gizele em sua vida. “Eu me sinto representada pela Gizele como jornalista comunitária, moradora, lutadora e resistente de tantas coisas. Ela não ensina, ela faz com você, ela está ao seu lado, te ensinando com o corpo, com a voz, com a fala, com a história de vida mesmo. Você aprende”, conta Thaís, que há cinco anos trabalhou no jornal da Maré, O Cidadão, junto com Gizele.

Thaís Cavalcante discursou sobre o aprendizado que teve com Gizele quando produziam o jornal "O Cidadão".
Antes da homenagem, houve mesa de debate com o tema “Militarização da vida e resistência nas favelas cariocas”, com a participação da doutora em comunicação e cultura e comunicadora popular, Renata Souza, a trabalhadora ambulante, Maria dos Camelôs, a integrante do Mecanismo Estadual de Prevenção e Combate à Tortura, Patrícia Oliveira e a coordenadora da Justiça Global, Glaucia Marinho. Em seguida, o Grupo Atiro e MaréMoTO (núcleo do Teatro do Oprimido da Maré) se apresentaram, antecipando a cerimônia. O show do grupo Som de Preta encerrou a noite de sábado, que ficará registrado na memória da Maré e de todos aqueles que estiveram presentes.

Medalha de Mérito Pedro Ernesto

A Medalha de Mérito Pedro Ernesto foi criada através da Resolução nº 40, em 20 de outubro de 1980. Ela é a principal homenagem que o Rio de Janeiro presta a quem mais se destaca na sociedade brasileira ou internacional. Recebeu esse nome em reconhecimento ao trabalho do prefeito Pedro Ernesto, e por isso sua figura é estampada nas duas Medalhas que fazem parte do Conjunto. Uma presa ao colar, e a outra para ser colocada na lapela do lado direito do homenageado. Ambas são presas em uma fita de cores azul, vermelha e branca que são as cores da bandeira da cidade.


Confira o momento da homenagem, publicado por Maré na TV, no link abaixo.




Admiração por sua trajetória e ensinamentos em comunicação comunitária. (Créditos: Reinaldo Cunha/Maré na TV)
Camisas que simbolizam a trajetória de Gizele Martins na luta pelos direitos humanos e por uma comunicação democrática.
Familiares estiveram presentes para prestigiarem a celebração no Museu da Maré.
Público compareceu em grande número para registrar um momento importante para a comunicação nas favelas.