Hoje decidi falar sobre as pessoas que
assumem funções de comunicadores em ONGs e não são profissionais de Comunicação.
São pessoas formadas em outras áreas do conhecimento (como Administração,
Contabilidade ou Pedagogo, por exemplo) e passam a ser os responsáveis pela
comunicação da instituição. Isso acontece não só em ONGs, como também no mundo
empresarial. E isto é uma tendência, que chamamos de multidisciplinaridade, onde
mais de um conhecimento se torna necessário para a obtenção de um objetivo
único.
Com certeza, a soma de conhecimentos não só
faz a área de Comunicação enriquecer, como também traz resultados positivos
para as instituições.
No
entanto, não se pode esquecer que tal nomeação na deve ser feita por “achismo”
ou vaidade. Decisão assim, só revela a falta de conhecimento que se tem sobre a
Comunicação. Só
que todos nós fazemos comunicação. Querendo ou não, somos todos comunicadores.
Observando bem, veremos que alguns gestores
de comunicação não formados nesta área são formados em áreas humanas, ou
possuem pós-graduação nelas. Quando não, são pessoas que se atualizam por meio
de palestras, fóruns de discussão, treinamentos e leitura. Isto é essencial
para a obtenção de sucesso nesta área.
Não adianta assumir essa função, se este
profissional não é capaz de entender conceitos básicos de Comunicação: qual é o
objetivo; qual papel estratégico que ela desempenha; quais são suas
responsabilidades; conhecer as funções de Comunicação; compreender as relações
interpessoais; saber avaliar os resultados de Comunicação; entender conceitos
de imagem e marca e que esta é a área que deve disseminar o zelo por elas;
saber a diferença entre informar e comunicar; e, por fim, que informação é conhecimento,
é o negócio da Comunicação, é o produto dela. E aqui, um ponto que serve para
todos, profissionais ou não de Comunicação: esta é a área que trabalha com
reputação, imagem e credibilidade. Todas elas devem estar sempre em sintonia,
do contrário não haverá sucesso.
No entanto, alguns ignoram a busca pelo conhecimento
do terreno em que estão pisando e no que estão mexendo. Preferem deixar de lado
e alegam falta de tempo para se informarem e se atualizarem. É uma pena.
Parabéns àqueles que entendem que o aprendizado é constante.
