quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Qual a importância da Comunicação para o Terceiro Setor?




O Terceiro Setor assume responsabilidades sociais que deveriam ser do Estado, que devido a sua deficiência não consegue atender a essas demandas. Entretanto, as ONGs não possuem recursos suficientes e passam a captá-los por meio da iniciativa privada e alguns investimentos por parte de órgãos públicos. As ONGs, por estarem próximas da comunidade, detêm o conhecimento das causas sociais e os problemas que ali existem há bastante tempo. Portanto, são elas, ao lado da comunidade, quem possuem capacidade para propor ações de impacto social positivo. Neste cenário, a Comunicação contribui para a visibilidade das ONGs, promove projetos, forma parcerias e dá retorno de suas ações à comunidade, construindo uma imagem com credibilidade e legitimidade. Cabe à Comunicação fornecer espaço para que a comunidade em que as ONGs estão inseridas tenham voz, por meio de entrevistas, depoimentos, fotos e vídeos.

Muitas vezes, o papel da Comunicação no Terceiro Setor fica direcionado à captação de recursos. No entanto, seu uso não pode ficar restrito a esta função, embora a gente saiba que uma boa visibilidade possa proporcionar legitimidade dessas organizações, criando credibilidade em suas ações e formar novos parceiros, atrair doadores, captar recursos e consolidar os já existentes. O sucesso da captação de recursos vai depender do relacionamento estabelecido com os doadores. As ONGs devem desenvolver mecanismos de comunicação que propiciem um ambiente de doações confiável. A Comunicação deve criar relacionamentos entre os doadores e a organização, juntamente com as atividades que ela proporciona para os problemas enfrentados e as causas defendidas. As ferramentas estratégicas de comunicação tornam-se importantes para dar visibilidade às ações das ONGs e contribuir para a sua sustentabilidade. Importante ressaltar que a visibilidade na imprensa local traz resultados positivos, dentre eles a credibilidade. Ou seja, a visibilidade tão almejada pelas ONGs não precisa, necessariamente, acontecer em nível nacional, a não ser que este seja um dos objetivos previstos no plano de divulgação e no planejamento estratégico da instituição. É preciso intensificar o uso dos meios de comunicação alternativos, gerando uma interação maior entre o Terceiro Setor e a mídia, conquistando, aos poucos, a visibilidade nos meios de comunicação de massa.

As grandes mídias nem sempre interpretam claramente os desejos das ONGs, talvez porque não exista um elo estruturado entre elas. Assim, suas ações são, equivocadamente, mal utilizadas pelos veículos da grande imprensa. Portanto, se quiser fazer uso desses meios, a Comunicação das ONGs deve ser esse elo estruturado, ser clara em seu propósito, cuidar da compreensão de sua linguagem e estabelecer uma comunicação atrativa, com mensagens e informações relevantes. Para disputar um espaço na grande mídia, é preciso gerar e manter informações qualificadas sobre a organização com foco no seu público. A Comunicação pode utilizar como recurso estratégico as particularidades do local em que a ONG constitui seu trabalho. A proximidade das ONGs às realidades locais a possibilita desenvolver meios de comunicação mais direto e com as pessoas envolvidas em um determinado problema. Isto possibilita criar um engajamento maior da comunidade ao lado das ONGs e de sua causa. 

É importante que o discurso da comunicação esteja alinhado com a prática, as atitudes da instituição, do contrário cria-se um imagem fictícia, que se revelará cedo ou tarde. Trabalhe com a realidade da organização e não aja por modismo.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

17 Reflexões para 2017



 

Que tal começar o novo ano com algumas palavras de incentivo de intelectuais, filósofos, personalidades, dentre outros comunicadores para nos motivar a fazer 2017 um ano bem melhor do que foi o anterior? 
Confesso que eu até mesmo me surpreendi ao selecionar estas 17 reflexões. Tenho certeza que você também irá gostar e refletirá, pelo menos, em uma delas. Vamos lá?

“O homem como ser histórico, inserido num permanente movimento de procura, faz e refaz constantemente o seu saber.” Paulo Freire, foi pedagogo, filósofo, educador e Patrono da Educação Brasileira.


“Façam com que suas ações reflitam as suas palavras.” Severn Suzuki, ativista em defesa das causas ambientais e fundadora do Environmental Children’s Organization (ECO).


“O comunicador hoje tem que se tornar um ser culto, em um mundo de relações cada vez mais complexas.” Paulo Nassar, professor livre-docente da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP) e diretor da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje).


“No relacionamento comunitário tem de haver por parte dos polos interlocutores, um interesse em superar um conflito. Caso contrário, não se estabelecem compromissos e a atividade passa a ser puramente assistencialista.” Cecília Maria Krohling Peruzzo, doutora em Ciências da Comunicação e pesquisadora da área de comunicação nas linhas popular, comunitária, alternativa e mídia local.


“A televisão, o rádio, o jornal, a revista. Todas as formas de comunicação têm que se colocar não como simplesmente alguém que anuncia alguma coisa ou que informa, mas alguém que participa da mudança; da mudança do rumo do país; da mudança do rumo da história.” Herbert de Souza, Betinho, foi sociólogo e fundador do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase).


“Esperançar é ir atrás, é se juntar, é não desistir; esperançar é procurar em nós e à nossa volta as sementes que urgem exterminar, de forma a limpar terreno para proteger o Futuro e acolher a Vida com mais plenitude.” Mario Sergio Cortella, filósofo, escritor e comentarista da Rádio CBN.


“O maravilhoso cérebro humano é a fonte de toda a nossa força e a fonte do nosso futuro, desde que o utilizemos na direção correta. É realmente desastroso usar o brilho da mente humana de modo negativo.” Dalai Lama, líder espiritual e temporal do povo tibetano.


“O papel do jornalista se torna cada vez mais importante porque o discernimento é cada vez mais exigido. Separar a quantidade de informações que chegam, traduzir conteúdos complexos,  compactar informações. O jornalismo tem uma bela tarefa no mundo que está chegando.” Marcelo Tas, jornalista, diretor, apresentador de televisão, escritor, roteirista e comentarista da Rádio CBN.


“Traga o tema da sustentabilidade para uma linguagem mais acessível em tudo aquilo que for comunicar.” Fernando Almeida, presidente executivo do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS).


“Se você quer ter uma vida estável, profunda e inteligente, valorize a trajetória. Dê importância para cada passo. Assim, o teu eu será um construtor de projetos socioemocionais e não apenas um ansioso desfrutador da trajetória do ponto final.” Augusto Cury, psiquiatra, psicoterapeuta e escritor.


“Quando o mundo estiver unido na busca do conhecimento, e não mais lutando por dinheiro e poder, então nossa sociedade poderá, enfim, evoluir a um novo nível.” Umberto Eco, foi escritor, filósofo, semiólogo, linguista e bibliófilo italiano.


“Nossa missão, como pesquisadores e formadores de futuros profissionais de comunicação, é contribuir para uma consciência social que tem como ponto de partida os princípios e os valores da democracia e da cidadania.” Margarida Maria Krohling Kunsch, professora-titular e pesquisadora da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP), pioneira nos estudos de Comunicação Organizacional e membro do Conselho Consultivo da Associação Brasileira de Pesquisadores de Comunicação Organizacional e Relações Públicas (Abracorp).


“As sociedades sempre foram influenciadas mais pela natureza da mídia pela qual os homens se comunicam, que pelo conteúdo da comunicação.” Marshall McLuhan, foi educador, filósofo e teórico da comunicação canadense.


“A sustentabilidade não está baseada apenas nos recursos financeiros, mas também na comunicação, na manutenção da imagem da organização, na coerência em relação a sua missão, na capacidade de mobilizar a sociedade para uma causa importante.” Marcos Kisil, professor titular da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo.


“Cada pessoa tem sua caminhada própria. Faça o melhor que puder. Seja o melhor que puder. O resultado virá na mesma proporção de seu esforço.” Mahatma Gandhi, foi líder do movimento de independência da Índia e defensor do Satyagraha (princípio da não-violência) como meio de revolução.


“Acho que é justamente nos momentos difíceis e nas situações de frustração que se comprova a força e o caráter de cada um, tornando os problemas e a frustração em estímulos para dar a volta por cima.” Ayrton Senna, ex-piloto brasileiro de automobilismo, foi tri-campeão mundial da Fórmula 1.


“Talvez acabemos todos vivendo a obesidade mórbida intelectual de uma sociedade extremamente competitiva, que cada dia mais valoriza não o que somos, nem o que temos, mas o que parecemos ser ou ter. Falta descobrir quem vai nos dar o modelo a seguir, e com qual intenção.” Silvana Gontijo, jornalista, diretora de arte, escritora, pesquisadora na área de midiaeducação e presidente da OSCIP Planeta PontoCom.


Feliz 2017! Porque o futuro depende de nossas ações de hoje!