terça-feira, 19 de dezembro de 2023

Jornalismo no Terceiro Setor: uma experiência de sucesso

Diego Sanches é jornalista formado pela Unigranrio, em Duque de Caxias. / Divulgação



“Jornalismo não é simplesmente uma técnica. Tampouco é mera emissão de opiniões. Trata-se de uma ciência, cujo ensino universitário proporciona a formação de profissionais críticos, conscientes do seu papel social, comprometidos com a ética e com o entendimento acerca do poder da informação.”

A avaliação acima é dos participantes da live “PEC do Diploma: uma necessidade para garantir a excelência na informação”, realizada pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado da Paraíba e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj).


Em 2009, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu pela não obrigatoriedade do diploma de nível superior específico em jornalismo para o exercício da profissão no Brasil. No entanto, empresas de comunicação, estatais, setores privados e o terceiro setor (mesmo que de forma tímida) ainda preferem contratar profissionais formados na área.


Diego Sanches é formado em Jornalismo pela Unigranrio, possui MBA em Marketing de Redes Sociais e, atualmente, é supervisor de Comunicação na Agência do Bem, uma organização da sociedade civil de interesse público (OSCIP).

Durante a formação, teve a oportunidade de trabalhar como freelancer na página de conteúdo geek, Somos Mesclados.com, atuando como redator e repórter em eventos do universo geek. Iniciou a carreira profissional como produtor de TV na rede Globo e na RIT TV, onde aprendeu a lidar com os desafios da produção audiovisual e aprimorar habilidades de coordenação de equipe.

Atuou como produtor de podcast e social media na Lions Seminovos e, posteriormente, como social media na Xtreme Agência. Hoje, na Agência do Bem, colabora com estratégias para promover causas sociais e gerar impacto positivo por meio da comunicação.


Gecom: O que o motivou a se formar em Jornalismo?

Diego Sanches: Desde pequeno, eu sempre fui obcecado em ler e em falar, tanto que uma das melhores memórias da minha infância era eu sendo narrador em peças no colégio. A paixão pelo jornalismo começou quando meu pai começou a trazer para mim os jornais, mostrando-me outro lado da comunicação que eu não conhecia. No ensino fundamental, dois professores me motivaram muito a seguir a área da comunicação, e foi nesse momento que me apaixonei pelo jornalismo.


Gecom: Em sua opinião, como a formação acadêmica na área de jornalismo pode colaborar para o profissionalismo da Comunicação no Terceiro Setor?

Diego Sanches: A comunicação é uma ferramenta essencial para o trabalho no terceiro setor, e a formação em jornalismo proporciona uma visão mais ampliada. Costumo dizer que a função do jornalista é mudar vidas, e o jornalismo do terceiro setor é a personificação dessa mudança.


Em sua trajetória como jornalista, Diego adquiriu experiências na produção audiovisual, mídias socias e coordenação de equipe, contribuindo para o terceiro setor. / Divulgação



Gecom: Enquanto morador de Duque de Caxias, qual sua análise em relação à oferta e procura de cursos de graduação em Jornalismo na Baixada Fluminense?

Diego Sanches: Infelizmente, hoje em dia, não há mais faculdades presenciais de jornalismo em Duque de Caxias. A última era a Unigranrio, onde me formei, porém a portaria de comunicação foi encerrada. Nascido e sendo morador da Baixada Fluminense, sinto uma tristeza imensa em ver que não há mais cursos de jornalismo em Caxias.


Gecom: Conte um pouco sobre seu trabalho na área de Comunicação na Agência do Bem.

Diego Sanches: Minha relação com projetos sociais vem desde 2015, quando entrei em um grupo chamado Mídia Força Jovem Universal (Mídia FJU). Neste grupo, criei e produzi conteúdos para atender jovens e adultos que lidavam com problemas de depressão, ansiedade e pensamentos lesivos. Até hoje, faço parte deste projeto e me orgulho muito de ser um dos mais antigos. Na Agência do Bem, tenho a oportunidade e o privilégio de trabalhar com a educação musical para crianças e jovens de comunidades carentes do Rio de Janeiro, através das Escolas de Música e Cidadania. Também trabalho na Rede do Bem, projeto que auxilia outros projetos sociais. Sinto muito orgulho, pois desde o início da minha caminhada para ser um jornalista, meu objetivo era mudar vidas através do meu trabalho. Hoje, posso dizer que meu objetivo está se concretizando cada dia mais.


Na Agência do Bem, Diego tem a oportunidade de mudar vidas por meio do jornalismo, auxiliando outros projetos sociais. / Divulgação




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