domingo, 20 de agosto de 2017

Casa Fluminense convoca comunicadores comunitários para a I Chamada Pública para a Mobilidade



Divulgação Casa Fluminense



Estão abertas as inscrições para a I Chamada Pública do Fundo Casa para a Mobilidade, organizada pela Casa Fluminense, até dia 27, que vai contemplar coletivos, grupos de comunicação comunitária, associações, movimentos e organizações da sociedade civil da cidade metropolitana do Rio de Janeiro que abordem o tema Mobilidade Urbana. Os critérios de seleção se dará a partir da diversidade territorial, diversidade temática e de formato das propostas, entre outros.


O edital vai investir R$ 17 mil em sete propostas de conteúdos que vão desde reportagens, a vídeos de curta duração e podcasts para os grupos e coletivos que atuem nas áreas de comunicação comunitária e produção audiovisual.


Os grupos selecionados vão participar das oficinas, nos dias 5 e 12 de setembro, pela Casa Fluminense, além de participarem da décima edição do Fórum Rio, em novembro, onde serão apresentados o material produzido no edital. Os selecionados terão, também, a oportunidade de realizarem uma cobertura colaborativa do evento.




Faça a inscrição aqui, formulário.





Comunicação é fundamental para a transparência nos serviços públicos 

A coordenadora de comunicação da Casa Fluminense, Aline Souza, conta sobre a importância do edital, quais são os principais desafios da mobilidade urbana da região metropolitana do Rio de Janeiro e como a comunicação pode contribuir para essa melhoria.

Divulgação Casa Fluminense



Gecom: O que motivou a Casa Fluminense a criar esse edital? 

Aline Souza: A Casa Fluminense tem uma preocupação muito grande em apoiar iniciativas de mobilização, formulação e defesa de políticas públicas com participação social em toda a cidade metropolitana. Para isso, criou o Fundo Casa Fluminense, em 2016, que é uma ferramenta que oferece suporte a coletivos, movimentos e cidadãos engajados na construção de um Rio de Janeiro mais igual, democrático e sustentável. Assim, o objetivo do Fundo é fortalecer as capacidades no dia-a-dia da ação cidadã e aprofundar a incidência sobre a agenda e gestão pública para realizar as prioridades da Agenda Rio. A Agenda Rio norteia a atuação da Casa, e é uma agenda de propostas de políticas públicas elaborada coletivamente pela rede de associados e parceiros da Casa com foco em tornar o Rio uma cidade metropolitana mais justa, democrática e sustentável.
A ideia desse edital veio para fortalecer os grupos de comunicação popular e mídia livre, pois entendemos que a democratização da comunicação e do fazer mídia é fundamental para uma horizontalidade da informação.

Divulgação Casa Fluminense



Gecom: Atualmente, quais são os principais desafios que a região metropolitana do Rio de Janeiro tem em relação à mobilidade urbana? 

Aline Souza: Os desafios são muitos. Principalmente, a concentração de investimentos públicos no eixo central da capital que não dialogam com a realidade dos fluxos da cidade. Os trens da Supervia transportam, aproximadamente, 600 mil pessoas todos os dias e os investimentos previstos até 2020 são sete vezes menor do que os investimentos da nova Linha 4 do metrô, que não transporta nem metade do número de pessoas na SuperVia. Há, também, um grande monopólio na gestão do Bilhete Único que envolve a Fetranspor e empresas de ônibus, o que aponta para um problema de falta de transparência no cálculo da tarifa. Além disso, não temos uma malha cicloviária conectada. Portanto, os principais desafios de mobilidade urbana da região metropolitana do Rio têm a ver com falta de planejamento e transparência. 

Gecom: De que forma a comunicação pode contribuir para a melhoria da mobilidade urbana? 

Aline Souza: A mobilidade urbana está presente em nossa rotina. Todos os dias nós precisamos caminhar, pegar um transporte público, uma bicicleta ou qualquer outra forma de nos locomover pela cidade. Sendo assim, a comunicação contribui muito para que haja transparência nos serviços prestados à população nesse quesito. 

Sobre a Casa Fluminense 

Estruturada como associação civil sem fins lucrativos, autônoma e apartidária, a Casa Fluminense é um espaço permanente para a construção coletiva de políticas e ações públicas por um Rio mais justo, democrático e sustentável. Formada por ativistas, pesquisadores e cidadãos identificados com a visão de um Rio mais integrado, a Casa acredita que a realização deste horizonte passa pela afirmação de uma agenda pública aberta à participação de todos os fluminenses e destinada universalmente a todo o seu território e população e não apenas - ou prioritariamente - para as áreas centrais da capital. 

Conheça mais em www.casafluminense.org.br.

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