O informativo criado na ONG em que atuei tinha o objetivo
muito mais do que informar as ações da instituição. Seu papel era, também,
servir como um relatório do dia-a-dia da ONG, além de ser uma ferramenta de
reconhecimento e valorização das pessoas.
E como era feito isso?
Especificamente nesta ONG, o seu maior atrativo eram as
apresentações e passeios de seu grupo de crianças e adolescentes, que eram
realizadas durante o ano. A partir daí, fazia-se uma cobertura normal de uma
notícia e registrava-se tudo. Inicialmente era elaborado um texto mais
completo, com informações e dados detalhados para registro institucional e, em
seguida, compilávamos as informações para adaptar a notícia ao informativo
impresso. Como o informe seria para um público diverso, o texto deveria conter
uma linguagem simples, direta e sem muitos termos específicos. Quando alguma
palavra pouco comum era utilizada, era necessário explicá-la. Os textos mais
completos eram arquivados para fins de relatório e consulta. A edição para o
impresso acontecia sem prejudicar a informação e sua veracidade.
Da mesma forma acontecia com o registro fotográfico. A
fotografia, que é bastante valorizada nesta instituição, tinha um valor
crucial. Sem imagens, sem fotos, a notícia e os eventos eram praticamente
“nada”. Portanto, fotos eram para serem feitas como fotonotícia e fotografia
para registro de eventos.
O jornal é muito mais do que um informativo impresso do
dia-a-dia. Ele é um relato histórico. Ele é o currículo do jornalista, um
(quase) relatório da instituição e muito mais do que se pensa.
Portanto, ao elaborar uma matéria, ao escrever um jornal,
tenha discernimento do que está fazendo e paixão pelo que decidiu fazer.