Aprendi jornalismo na prática. Aprendi a entrevistar,
fotografar e improvisar sempre que necessário.
Assim como qualquer outra profissão, aprendi (e continuo
aprendendo) a fazer jornalismo praticando. Foi a partir de uma iniciativa
pessoal, dentro de uma ONG que comecei a exercer a função de jornalista.
Iniciei com um informativo impresso de uma página, diagramação simples e
notícias curtas e objetivas, como a instituição necessitava. Era um informativo
mensal, onde relatava o que acontecia na instituição, focando sempre as pessoas.
Naquela ocasião, colocava em prática a minha técnica de escrever, a fotografia,
a busca da informação e o conceito de notícia.
Meses depois, a partir de um trabalho na faculdade, elaborei
um minitablóide especial: formato A-3 dobrável, com 4 páginas e colorido. A
tiragem era sempre pequena (devido ao custo de produção, pois o dinheiro saia
do próprio bolso) e era distribuída para o público interno e por e-mail para
diversos públicos.
A partir deste trabalho, o informativo adotou esta nova
diagramação e com o tempo passou a ser bimestral.
Neste novo formato aprendi a trabalhar melhor com pauta,
apuração de matéria, técnicas de entrevista, fotonotícia, diagramação, pesquisa
e termos técnicos do jornalismo. Com um minitablóide, junto com um amigo da
faculdade, aprendi como se trabalha em parceria durante uma cobertura de um
evento ou na produção de uma notícia.
Com o tempo, o informativo criou sua própria identidade. Já
possuía máscaras para diferentes notícias, mas sempre obedecendo a um padrão
visual específico; uma linha editorial que valorizava as pessoas e as ações
sociais da instituição; chavões próprios, sem cair no ridicularismo; foco na
imagem e linguagem de fácil entendimento e assimilação para o público interno e
externo.
Enquanto coordenei a publicação, o informativo era
encaminhado no formato PDF para os núcleos da instituição que existiam na
França e na Espanha com linguagem original (o público de lá entendia português
e aceitava receber a publicação assim mesmo, acho que era para treinar o nosso idioma).
O passo seguinte era aplicar a técnica do jornal mural, que
durou pouco tempo.
Infelizmente, por razões internas da organização, não pude
prosseguir com a evolução do informativo que seria a passagem do minitablóide
para o formato de um jornal, a publicação nas redes sociais, além da tradução
em outros idiomas entre outros objetivos.
Foi uma experiência, particularmente, enriquecedora.
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