domingo, 2 de junho de 2013

O papel do profissional de Comunicação em ONGs

O papel da Comunicação em qualquer lugar é sempre ser o “meio” e não o “fim”. Não se pode deixar confundir. A Comunicação produz o que o cliente solicita e entrega o produto que possa contribuir para o resultado final. Por isso, em qualquer empresa, instituição governamental ou não, a Comunicação é um meio. Ela é um meio para se alcançar resultados com qualidade.
 
Muito ainda se questiona sobre os resultados produzidos por ela e se realmente se faz necessário. Em se tratando do Terceiro Setor é imprescindível.  Alguns gestores até conhecem a ferramenta, mas não sabem como usá-la. Eles até se arriscam a realizarem tarefas que deveriam ser designadas a um profissional da área e o resultado acaba não sendo o mesmo. Quando esses mesmos gestores se dão conta de que é preciso contratar alguém que conhece o ramo e que ele deve é fazer gestão sobre o seu projeto, ele contrata um marketeiro. Tudo bem, não está totalmente errado e nem estou desmerecendo o trabalho deste profissional. No entanto, sabendo que  seu projeto envolvem outras necessidades, não é bem isso que ele procura.
Para exercer um bom papel dentro de uma organização do Terceiro Setor, o profissional de Comunicação deve entender os conceitos básicos dessas duas áreas (Comunicação e Terceiro Setor). Distinguir aquelas que são assistências e as que são realmente sociais. Eliminar o pré-conceito de que “ONGs não pagam e quando pagam, pagam mal” e de que “ONG só serve para lavar dinheiro”. Desfazendo-se dessas frases prontas você abre sua mente para estudar e compreender uma nova realidade.
O comunicador deve exercer um papel de conselheiro e educador para o seu gestor, pois muitos deles confundem a proposta que o governo e os empresários ofertam e acabam cometendo alguns deslizes. Sem preparo, esses gestores colocam seus planos e um projeto bem intencionado por água abaixo.
Um profissional de Comunicação nesta área poderá orientá-lo qual a melhor hora e que meio ele deverá utilizar para difundir seus projetos. Este mesmo profissional irá elaborar uma estratégia que o faça cumprir com seus planos. Aí é seguir à risca.
Os patrocinadores (governo, empresas e empresários) querem profissionalismo, divulgação de suas marcas e saber como os recursos estão sendo utilizados. Então, um relatório bem estruturado, com a marca da ONG em um papel timbrado produz essa imagem. A produção de peças publicitárias, a divulgação das ações dentro do tempo certo e o contato com o público na medida certa mostram esse cuidado. E tudo isto é questão de trabalho, tempo e compreensão. Três conceitos que já existem dentro das ONGs, mas que precisam ser despertados pelos verdadeiros profissionais capacitados para exercerem essa dinâmica. E este papel cabe aos comunicadores: jornalistas, publicitários e relações públicas.

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