Muitos confundem que o papel da Comunicação
no Terceiro Setor é a captação de recursos. Afinal, são importantes para que as
organizações não-governamentais se sustentem, e com boa visibilidade e
divulgação para cada tipo de público por meio de uma mensagem adequada, o
trabalho da Comunicação torna-se imprescindível. Talvez esteja aí a confusão
que se faz ao restringir o papel da Comunicação no Terceiro Setor a esta
atividade.
No entanto, sua importância é mais ampla. Por
meio da comunicação, é possível criar ou fortalecer as interações entre os
integrantes das organizações, direcionando-os a um objetivo comum. E é este
objetivo comum que se perde quando o seu papel é limitado a captar recursos (há
quem acredite que um relações públicas ou um publicitário deve ser contratado
para ser o captador de recursos de uma ONG).
Não se deve achar, tanto o gestor da ONG como
o comunicador, que as organizações do Terceiro Setor devam receber apoio
simplesmente por uma causa nobre que ela realiza e que é “obrigação” do Estado
e dos empresários fazerem doações porque elas merecem.
A causa nobre, ou seja, os problemas que as
ONGs buscam solucionar por meio de suas ações devem ser defendidas com
programas de comunicação que possam criar um ambiente favorável para doações.
Estabelecer programas de relacionamento com doadores atuais e potenciais,
conscientizando-os da importância do apoio oferecido às atividades
desenvolvidas pela ONG, amplia este papel de captador de recursos para uma ação
humanizadora (efeito que só a comunicação propicia).
Assim, estratégias e ferramentas
comunicacionais são desenvolvidas para fortalecer as ações de luta defendidas
pelas ONGs, proporcionando o profissionalismo, visibilidade e credibilidade.
É preciso desbravar a Comunicação no Terceiro
Setor para sair do amadorismo e partir para o estratégico.
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