Artesanato e outros expositores da Baixada mostraram a potente produção artística e cultural da região no Centro do Rio. |
Cultura,
arte, gastronomia, turismo, história e economia criativa foram os ingredientes
que tornaram a primeira edição da Expo Baixada 2018 um evento rico e marcante
para quem visitou a exposição entre os dias 16 e 27 de maio, na Casa França-Brasil. O evento se propôs a mostrar um pouco do potente território, tão
perto da capital e, às vezes, tão pouco conhecido.
A exposição contou com mais de 70 participantes e um convite para a segunda edição já foi
feito pela Casa França-Brasil.
“Convidamos
todos os municípios da Baixada Fluminense, principalmente aqueles envolvidos
com a Baixada Verde, que são dez, mas todos os 13 municípios foram
convidados. Essa é uma maneira de a gente articular e criar uma rede entre
esses municípios, porque eles têm muita potência e não carência. Mas precisam
aprender a se organizar em conjunto e é isso que a gente está tentando fazer
aqui”, conta o coordenador de Economia Criativa da Secretaria de Cultura e Turismo de Duque de Caxias, Egeu Laus.
A
coordenadora das Baianas do Acarajé, Val do Imalê Ifé, comentou sobre a
importância que a Expo Baixada teve sobre a gastronomia e artesanato. “Um
evento importante para mostrar o que nós fazemos no artesanato, na gastronomia.
Estou desde o primeiro dia e a exposição foi muito linda. Ela tem que acontecer
várias vezes, não só aqui, mas em vários espaços culturais dos municípios para
exaltar o artesanato e a gastronomia brasileira”, disse.
A
idealizadora da Feira Cultural Meu Black Tem Power, Andreia Quintão, destacou a
oportunidade que o evento trouxe para as pessoas terem um olhar diferente sobre
a Baixada. “Foi um evento muito bom com todos os municípios da Baixada
Fluminense presentes e bem representados no Centro do Rio, mostrando e expondo
um pouco daquilo que a gente faz. Porque a baixada é um lugar visto como
esquecido, lugar pobre, não frequentado por boas pessoas, uma visão que
infelizmente a sociedade ainda perpetua. Só que a baixada é viva, consciente,
produz muita cultura”, ressaltou.
Rosane, uma
das visitantes da exposição, nasceu em Nova Iguaçu e hoje mora na Barra da
Tijuca, diz que jamais imaginou que a Baixada Fluminense tivesse tanta coisa
boa para mostrar. “Eu gosto muito de arte e estou sempre por aqui. Não
imaginava que existisse isso tudo lá. A gente pensa que esse tipo de arte e
movimento cultural têm muito mais pelo Centro ou pela Zona Sul. Muito criativo
e interessante”, contou a massoterapeuta, que esteve presente no último dia do
evento.
A Sociedade Cultural Projeto Luar de Dança, sociedade civil sem fins lucrativos, encerrou a primeira edição da Expo Baixada com
seus bailarinos e bailarinas em um espetáculo à parte. O Projeto Luar realiza atividades
de dança e arte há 28 anos, em Jardim Primavera, bairro de Duque de Caxias, e tem
“formado formadores”, como diz Deco Baptista, coordenador do Luar, quando se
refere à formação de alunos em educadores.
Sociedade Cultural Projeto Luar, de Duque de Caxias, encerrou o último dia da primeira edição da Expo Baixada. |
“Estar aqui
é muito importante para contar a nossa história de um projeto de dança grande,
que surgiu na periferia da periferia. Porque nós não estamos no Centro de Duque
de Caxias, estamos em Jardim Primavera e, hoje (27), conseguimos ser uma
representação do município fora do município”, conta.
“Estamos
representando uma região, que alguns anos atrás não tinha um movimento de dança
como se tem hoje”, completa.
“Esta é uma
forma que a gente tem de estar aproximando a cidade do Rio com a cidade de
Duque de Caxias e divulgar todos os trabalhos artísticos que existem na baixada
toda. Mostrar os valores da nossa região, que é um centro cultural riquíssimo,
de muitos movimentos, iniciativas e linguagens culturais”, finaliza.
O diretor de turismo da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Duque de Caxias, Julio
Souza, falou sobre a criação de relacionamentos entre os municípios que o
evento possibilitou realizar. “A gente teve aqui apresentações do melhor que se
tem na baixada. Música, teatro, dança, o retorno foi muito positivo. Os
artesãos e outros expositores tiveram uma troca muito boa. Quer seja na venda
ou na troca, ou seja, no relacionamento em rede. Isso é muito positivo, porque
o caminho é esse mesmo”, diz.
“Já temos
uma segunda edição para acontecer em dezembro, a convite da Casa França-Brasil
para voltar. Nesse meio tempo, a gente tem um monte de coisa acontecendo”,
conta Julio, já em ritmo de preparação para a próxima Expo Baixada.
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