domingo, 31 de março de 2019

A Comunicação no Terceiro Setor em ambiente de mudanças

 
Reprodução internet

O Terceiro Setor passa por uma fase de grandes mudanças e transformação. O advento do Novo Marco Regulatório das organizações da sociedade civil (Lei 13.019/2014, alterada pela Lei 13.204/2015), a massificação das mídias sociais, a mudança no comportamento do mercado de consumo, as mudanças e incorporações de novos conceitos para o Terceiro Setor têm exigido cada vez mais dos profissionais de Comunicação uma capacitação constante que os tornem aptos para os desafios do dia-a-dia.

As organizações do Terceiro Setor não podem mais se restringirem em apresentar resultados. É preciso mostrar o impacto de suas ações. O atual governo e as grandes empresas já sinalizaram que vão investir em projetos que gerem impactos positivos socioeconomicoambientais, reduzindo suas carteiras de investimentos em quantidades de projetos.

O conceito de propósito da existência de uma organização da sociedade civil (OSC) tem substituído, erroneamente, os conceitos de missão e visão nas declarações dessas organizações. (É preciso um outro post para discutirmos sobre esse ponto. O que vale agora é sinalizar o que está acontecendo).

A adoção de alguns Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) nos projetos desenvolvidos nestas organizações também já é uma tendência que poucas se atentaram ou não sabem como fazer.

As universidades e faculdades de Comunicação seguem lentamente para uma discussão mais séria e ampla sobre o Terceiro Setor entre professores e alunos. O máximo que se vê são pesquisas, monografias e horas-extracurriculares desenvolvidas nesse setor, mas sem nenhuma abordagem teórica feita em sala de aula. Isso quando não são salvos com um jornal-laboratório, estúdio-laboratório (direcionados à produção de rádio, TV, Cinema e publicidade) e um escritório de pesquisa de opinião e mercado para o relações públicas, onde a pauta Terceiro Setor serve como uma luva no desenvolvimento dessas atividades.

“Está comprovado que o mundo do trabalho quer profissionais dotados de capacidade crítica e de espírito de colaboração. Um profissional com bagagem humanística estará mais preparado para compreender a complexidade da sociedade global e transnacional e terá maior competência analítica para entender e atuar na sociedade repleta de mudanças.” 1

Portanto, é necessário que os profissionais de Comunicação assumam uma outra postura no desenvolvimento da sociedade e no Terceiro Setor, reforçando o seu papel estratégico de comunicador e sua participação cidadã.


1-Comunicação:ensino e pesquisa / Organização, Sonia Virgínia Moreira e João Pedro Dias Vieira. – Rio de Janeiro: EdUERJ, 2008.



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