terça-feira, 19 de setembro de 2023

Design: desafios e sua importância para o Terceiro Setor

Karina Silva é designer e CEO na Agência Hey Karina Silva. Divulgação

Criatividade, dinamismo, capacidade de escutar o outro e se colocar como um "megafone" para outras vozes, podem ser considerados os pilares de um profissional de design que pretende trabalhar no Terceiro Setor.

Karina Silva é designer e CEO na Agência Hey Karina Silva com formação em Design Gráfico e Web Design, pela Zion Escola de Entretenimento (Duque de Caxias), Empreendedorismo (Unicesumar) e High Ticket (Wonder Maison).

Ela nos conta como essas características podem ser úteis no dia-a-dia de um designer trabalhando a Comunicação no Terceiro Setor.


Gecom: Como a formação acadêmica na área de design colabora para o profissionalismo da Comunicação no Terceiro Setor?

Karina Silva: A principal função do design é solucionar um problema. Logo, a formação entra para impulsionar e alavancar estratégias nas atuações do terceiro setor. Podemos dividir o design em algumas formas: o design gráfico, o web design (mais voltado para sites) e o design thinking. No contexto do terceiro setor conseguimos encaixar de forma mais implacável o design thinking. Os design thinkers produzem soluções que geram novos significados e estimulam os aspectos humanos, contribuem para que equipes possam compreender e identificar as problemáticas vivenciadas dentro da organização.


Karina é designer com experiência no Terceiro Setor e usa a criatividade para solucionar problemas de comunicação mas ONGs. / Divulgação


Gecom: Conte sua experiência como designer no Terceiro Setor.

Karina Silva: Por ser designer do terceiro setor, tive a oportunidade de poder ficar por dois anos fazendo trabalhos voluntários de forma mais ativa. Viajei pelos estados do Brasil conhecendo histórias, utilizando a criatividade para solucionar problemas, criando comunicação visual e estruturas para ONGs e igrejas. Acredito que o mais marcante foi um projeto contra tráfico humano e cuidado com mulheres. Por falta de visibilidade e conhecimento, não sabemos que precisamos ouvir algumas vozes e, como designer, essa foi a minha função, ser um megafone para algumas vozes.


A designer incentiva os futuros profissionais a desbravarem o mundo sem medo para que possam desenvolver a criatividade. / Divulgação

Gecom: Em sua opinião, quais os desafios e sugestões para as instituições de ensino na formação de novos designers, principalmente para aqueles que desejam trabalhar no Terceiro Setor?

Karina Silva: Coloquem seus alunos em prática. O que aprendi, a bagagem que acumulei em dois meses de trabalho voluntário foi muito maior do que os anos de graduação, apenas pelo fato de ter que realmente fazer acontecer. 

O maior desafio que enfrentei foi ter a segurança de tomar as rédeas de um projeto, em ter confiança. Apesar de saber exatamente o que deveria ser feito, justamente por não ter tido a prática de forma mais ativa, tive medo e, por isso, algumas grandes oportunidades foram perdidas.

Instituições, invistam na prática para seus alunos. Não ensinem apenas a teoria, ensinem como sobreviver no mercado.

Futuros designers, olhem o mundo. Desbrave. Não tenha medo. Criatividade não é um dom. O fato de você resolver problemas, mostra que você é criativo ainda mais com pouco recurso. O terceiro setor precisa de você. Ele conta com você. Te convido a ser um megafone para que vozes abandonadas comecem a ser ouvidas.




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